quinta-feira, 28 de maio de 2009

Corrida: Última parte

ONDE CORRER

Existem várias opções de lugares para quem gosta de correr, porém é sempre bom corrermos em locais com pouca poluição atmosférica e se o local for rodeado por árvores fica ainda melhor, por melhorar a qualidade do ar naquela região.

Porém não são todas as pessoas que tem a sorte de optar por um lugar tão magnífico como este, então podemos escolher a praia, tanto no calçadão quanto na areia (lembrando que na areia o nível de esforço físico é maior que no asfalto), parques e bosques, campos de futebol, pistas de atletismo, ou para quem não tem muito tempo ou não disponibiliza de um lugar tranqüilo ao ar livre existe a opção da esteira, que é uma corrida que pode ser realizada nas academias, clubes e até em casa.

Um outro fator que deve ser levado em consideração para quem corre ao ar livre é o horário do dia no qual será realizada a corrida. Os melhores horários são pela manhã e ao final do dia, enquanto existe iluminação do sol e a temperatura ambiente esta baixa, a qualidade do sol esta boa e associamos a corrida a um gostoso banho de sol. Devemos evitar correr no período de 11 às 15 horas, pois é nesse período em que o sol esta mais forte e pode nos fazer mal, prejudicando a performance da nossa corrida e a nossa saúde.


O QUE CALÇAR


Um bom par de tênis é muito importante para lhe garantir uma boa corrida livre de lesões. Os tênis especiais para corrida absorvem o choque das passadas e ainda estabilizam seus pés no solo.

Os melhores tênis para corrida são aqueles com sistema de amortecimento de impacto, sistema antitorção e no caso de indivíduos com desvios podais (desvios posturais dos pés), tênis com regulagem de pisada.

Um bom tênis deve: ser flexível, ter uma sola grossa, um acolchoamento para o calcanhar para o tendão de Aquiles, a sola deve ser mais larga que à parte de cima, ser confortável com bastante espaço dentro dele e ainda mais alto na parte de traz.


COMO SE HIDRATAR (O QUE TOMAR ANTES, DURANTE E DEPOIS DA CORRIDA).

A melhor bebida que existe para reposição de líquidos perdidos durante os exercícios é a água. Porém se o exercício for de longa duração ou ainda se for de longa duração realizado em períodos de calor forte, deve-se fazer uso de bebidas energéticas especializadas como gatorade® ou sport drink®, para fazer a reposição de líquidos e eletrólitos perdidos através do suor.


PAPEL DOS CARBOIDRATOS


Os atletas que treinam para exercício de endurance tipo corrida de longa distância experimentam um tipo de fadiga crônica, no qual os dias sucessivos de treinamento duro se tornam extremamente mais difíceis. Esta "estafa" pode estar relacionada com a depleção gradual de reservas corporais de carboidratos, observada com o treinamento extenuante e repetido, até mesmo quando a dieta do atleta contém o percentual recomendado de carboidratos. Ela ocorre quando o exercício é realizado até o ponto em que o glicogênio no fígado e nos músculos ativos sofre uma redução intensa, até mesmo quando existe O2 para os músculos e a energia proveniente da gordura armazenada continua quase ilimitada.
Na corrida de longas distâncias, o combustível utilizado é o glicogênio, que está relacionado à ingestão de carboidratos. Alguns pesquisadores recomendam aumentar a ingestão dietética de carboidratos para 70% das calorias ingeridas ou mais, a fim de se evitar a depleção de reservas corporais de glicogênio e induzir uma preservação de proteínas com os dias sucessivos de treinamento árduo. Com o treinamento mais moderado, a ingestão pode ser reduzida para 50-60% de carboidratos.

Mesmo que o indivíduo tenha uma dieta rica em carboidratos, deve ingerir carboidrato até, pelo menos 4 horas após o exercício prolongado e exaustivo, para restaurar os níveis musculares de glicogênio, apesar do glicogênio hepático ser restaurado rapidamente. Alguns indivíduos podem até levar mais de cinco dias para restabelecer os níveis musculares de glicogênio, quando a dieta contém quantidades moderadas de carboidrato. Isso certamente proporciona uma justificativa nutricional de alguns técnicos e treinadores reduzirem gradualmente ou minorar a intensidade das sessões de treinamento vários dias antes de uma competição.

No exercício intenso, o glicogênio muscular armazenado e a glicose carreada pelo sangue constituem os principais fornecedores de energia nos primeiros minutos do exercício, nos quais o fornecimento de O2 não satisfaz as demandas do metabolismo aeróbico, assim como durante um exercício de alta intensidade. Durante o estágio inicial do exercício, a captação de glicogênio sanguíneo circulante pelos músculos aumenta bruscamente e continua aumentando à medida que o exercício progride. Por volta do décimo quarto minuto de exercício, a captação de glicose aumenta até entre sete e 20 vezes a captação em repouso, dependendo da intensidade do exercício. O aumento na contribuição percentual de carboidratos durante o exercício intenso é explicado, pelo fato de ser o único nutriente que fornece energia quando o oxigênio fornecido aos músculos é insuficiente em relação às necessidades de O2.

A diminuição de sua disponibilidade em nosso organismo resulta em fadiga e conseqüente queda no desempenho. Veja a seguir como deixar os estoques de carboidrato sempre em ordem, sem que isso pese na sua balança.

Antes da corrida

Na refeição anterior ao treino, o ideal é consumir alimentos ricos em carboidratos com baixo índice glicêmico, ou seja, carboidratos que são absorvidos lentamente pelo organismo. Assim, eles serão liberados aos poucos durante a corrida, evitando-se a hipoglicemia, que é a queda da taxa de glicose no sangue.

Como a falta de carboidratos causa fadiga e queda de desempenho, treinar em jejum é totalmente contra-indicado. Também não se deve comer logo antes de correr. Se essa refeição for um lanche, pode ser feita duas horas antes do exercício; se for um almoço, deve ser feita três a quatro horas antes. Se algum alimento permanece no estômago ao se iniciar o exercício, o atleta pode se sentir nauseado e com um certo desconforto, uma vez que o fluxo sangüíneo será desviado do sistema gastrointestinal para os músculos. Para não correr o risco de sentir fome na hora da corrida, como uma fruta (banana, maçã, mamão ou pêra) 15 minutos antes do treino.

Durante a corrida

A ingestão de carboidratos durante exercícios com mais de uma hora de duração pode melhorar o desempenho porque fornece glicose para os músculos que estão trabalhando. Se não houver reposição, algumas pessoas podem apresentar sintomas de hipoglicemia, com fadiga muscular local e perda de rendimento. Durante a atividade, o consumo ideal é de 25 a 35g de carboidrato a cada 30 minutos.

Para uma hora de corrida, leve com você uma banana, gel de carboidrato (1,5 a 2 unidades), barra de cereal (2 unidades) ou isotônicos (600 a 1000ml) - bebidas energéticas.

Depois da corrida

O processo de recuperação envolve a restauração dos estoques de glicogênio do fígado e dos músculos, além de reposição de líquidos e eletrólitos perdidos através do suor. É importante ingerir carboidratos imediatamente após o exercício para que a reposição do glicogênio muscular seja completa. Consuma alimentos ricos em carboidratos com alto índice glicêmico, porque a absorção é rápida. A quantidade ideal é de cerca de 100g de carboidrato nos primeiros 30 minutos após o exercício. A adição de 5 a 9g de proteína a essa recomendação ajuda na produção do glicogênio muscular.


Outras dicas que você precisa saber sobre a corrida

Se você tem a intenção de começar a correr, ótimo! Se você já corre, melhor ainda! Esta é uma excelente atividade física, desde que seja feita com orientação (para fazer a atividade corretamente, garantindo benefícios com segurança para a sua saúde e eficiência de resultados) preferencialmente de um professor de Educação Física.

Como foi dito, correr melhora o condicionamento cardiorespiratório, fortalece os ossos, músculos, tendões e ligamentos, além de eliminar as gordurinhas que incomodam a maioria das pessoas. Mas há algumas coisas importantes que o corredor deve saber para não se machucar e ter lesões sérias.

Preste atenção nos itens abaixo:

- Faça uma avaliação física antes de iniciar a atividade.

- O programa de treinamento deve ser progressivo (de acordo com o seu nível de condicionamento físico).

- Faça alongamentos antes e depois da corrida.

- Intercale a corrida com outras atividades aeróbias (em dias alternados), para não se fadigar com a corrida.

- Use roupas e calçados apropriados para corrida.

- Tenha sempre o acompanhamento de um profissional de Educação Física, Nutricionista e de um médico que entenda de Medicina Esportiva.

- Marque a freqüência cardíaca para saber o grau de esforço a que está se submetendo. Cada batida do coração bombeia uma quantidade determinada de sangue para a corrente sanguínea visando nutrir e oxigenar os músculos. Com o hábito da corrida, você faz com que o seu coração se desenvolva, fique maior e mais forte do que o coração de uma pessoa sedentária. Assim ele bombeia o sangue com maior eficiência e isso faz com que a sua freqüência cardíaca seja menor para movimentar um mesmo fluxo sanguíneo a cada minuto. Você passará a correr mais para um mesmo número de batimentos cardíacos. Para saber a faixa ideal de batimento cardíaco, o ideal é fazer um teste de esforço máximo, como o teste ergoespirométrico, mas enquanto não faz o teste, você pode fazer a seguinte fórmula: 220 - idade (para homens), e 226 - idade (para mulheres). A partir daí, trabalhe numa faixa de 65% a 75% de intensidade do valor encontrado ao final da equação.

- Você sabe como está a sua pressão? A pressão sanguínea demonstra a resistência apresentada nos capilares, o caminho do sangue e a força com que o coração trabalha para distribuir o sangue. Se você tem um melhor condicionamento físico (fazendo exercícios regularmente) e segue uma alimentação balanceada, a pressão se torna menor. Por isso, o exercício é um ótimo aliado contra a pressão alta. Na verdade, durante o exercício físico a pressão tende a subir, mas o nosso organismo se adapta a situação, permitindo a dilatação ou constrição dos vasos sanguíneos, ajudando a mantê-la estável.

Depois destes fatores, há ainda outros que o corredor precisa conhecer e saber se estão normais. São eles:

Nível de ferro

Se a quantidade de ferro está baixa, poderá surgir a anemia, gerando cansaço e impossibilitando a manutenção do nível de esforço. O médico deve ser informado de que você é corredor, pois os esportistas, podem apresentar uma falsa anemia. Ou seja, o treinamento aumenta o volume total de sangue por um incremento do líquido plasmático. O sangue se dilui e a concentração de hemoglobina fica mais baixa, com níveis próximos a anemia. Apesar disso não há anemia. O número de glóbulos vermelho não mudou. O médico deverá interpretar o seu exame.

Nível de colesterol

Já sabemos que a corrida aumenta o nível de colesterol bom (HDL) e este possui uma enzima que ajuda a romper o colesterol ruim (LDL), evitando doenças cardíacas. Por isso fique por dentro de como anda o seu nível de colesterol.

Gordura corporal

Os valores ideais de porcentagem de gordura para os corredores competitivos são muito baixos (em média de 8% para homens e de 8% a 12% para mulheres). A porcentagem de gordura acima do normal (acima de 20% para homens e de 25% para mulheres) afeta o rendimento no esporte.

A partir destes fatores você vê a importância de ter uma boa orientação para conseguir bons resultados e sem riscos para a sua saúde.


Referências Bibliográficas

BIESEK, Simone et al. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. São Paulo: Manole, 2005.

MCARDLE, William D. et al. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 5.ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2001.

MARINHO, M.J.: Prevenção de lesões Esportivas: um programa profilático de lesões da articulação do joelho. 1998. 107f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade de La Habana, Habana.

FOSS, M.L.; KETEYIAN, S.J. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. 6ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2000.


Site:
http://www.webrun.com.br

Site: www.revistao2.com.br



Por
Raphael Lorete
CREF 9576-G/RJ
Graduado em Educação Física
Pós-Graduado em Musculação e Personal Trainner

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Corrida: Parte 2

QUANTO E COMO DEVEMOS CORRER

O treinamento começa com caminhadas leves a moderadas que irão sofrer aumento no ritmo das passadas com o tempo, até que depois de um tempo cheguem ao trote, daí continua até que o indivíduo consiga correr sem parar durante alguns minutos.

Isso porque a queima de gordura precisa de exercício contínuo e prolongado, num ritmo de leve a moderado, sem grandes oscilações da freqüência cardíaca. A freqüência cardíaca é muito individual. A exaustão de um atleta pode não ser igual à de outro. Com o exame ergométrico, é possível trabalhar na faixa de queima de gordura e evoluir à medida que o corpo ganha condicionamento.

O dispêndio de energia pode ser quantificado de duas maneiras: durante a atividade real ou durante a atividade em esteira no laboratório, se controlado a velocidade e a inclinação da mesma.

Trotar e correr são termos qualitativos que se relacionam à velocidade com que o movimento é realizado. Essa diferença é determinada, em grande parte, pelas necessidades energéticas aeróbias relativas indispensáveis para elevar e abaixar o centro de gravidade do corpo e acelerar e desacelerar os membros durante a corrida. Para velocidades idênticas de corrida, um fundista altamente condicionado, corre com um percentual mais baixo de sua capacidade máxima do que um corredor destreinado, apesar do consumo de O2 poder ser semelhante para ambas às pessoas. Assim, a diferença do que é trote e o que é corrida vai depender do nível de aptidão do participante; o que é um trote para uma pessoa pode ser uma corrida para outra.

Do ponto de vista energético, é mais econômico interromper a caminhada e começar a trotar ou correr a velocidades superiores aproximadamente 8km/h.

De acordo com Mcardle, a relação entre o consumo de oxigênio e velocidade da corrida é linear, o custo calórico total para correr determinada distância é aproximadamente o mesmo, quer o ritmo seja rápido ou lento. Quando corremos a velocidade de 10 milhas/h uma determinada distância, será necessário o dobro de energia por minuto que ao correr a uma velocidade de cinco milhas por hora; entretanto, o indivíduo que optar por correr completará a milha em 6 minutos, enquanto será necessário o dobro do tempo se optar pela velocidade menor. Mas o gasto energético tanto de um quanto o de outro é aproximadamente o mesmo, ou seja, tanto para homens como mulheres, é mais dispendioso percorrer determinada distância correndo do que caminhando. Valendo também para corridas na inclinação, que tem um custo energético ainda maior se comparado a corrida em terreno plano.

Porém existem alguns fatores que podem determinar o custo energético da atividade, aumentando ou diminuindo o gasto calórico da atividade, tanto da caminhada, quanto da corrida, como a velocidade do exercício, por exemplo. A velocidade da corrida pode ser aumentada de três maneiras:

- aumentando o número de passos por minuto;
- Aumentando a distância entre os passos;
- Aumentando tanto o comprimento quanto as passadas.

De acordo com estudos, ao duplicar a velocidade da corrida de 10 para 20 km/h, o comprimento da passada aumenta 85%, enquanto a freqüência da passada aumenta apenas 9%. Aumento de velocidades acima de 23km/h eram obtidos principalmente graças ao aumento na freqüência das passadas. Esse fator explica o porque é mais econômico andar do que correr.


Dicas para quem quer começar a correr

Uma boa postura para correr é muito importante. Corra sempre mantendo seu corpo ereto, cotovelos fletidos em aproximadamente 90 graus ao lado do corpo e mãos relaxadas com palma para baixo.

Balance os braços sempre contrários aos movimentos das pernas a cada passada.

Verifique sua Freqüência Cardíaca (FC) e veja se já está em sua Zona Alvo de Treinamento - alguns corredores usam o freqüêncímetro (Ex: marca Polar) para verificar a FC, mas em caso de não poder adquiri-lo, poderá usar a medição manual que é passível de erros.

Quando verificar que está em sua Zona Alvo de Treinamento (zona entre um limite mínimo e máximo para uma intensidade de treinamento), vá aumentando o tempo de seu treinamento dia após dia, seguindo um planejamento do seu treinamento, até chegar a seu objetivo.

Após o treinamento, faça uma volta à calma caminhando por aproximadamente 5 minutos e em seguida pare e repita os alongamentos do início da corrida.


CUIDADOS NA PRATICA DA CORRIDA

Alguns cuidados devem ser tomados antes de se iniciar a pratica regular da corrida, como fazer uma avaliação médica e funcional, escolher um local seguro e tranqüilo para correr, escolher o melhor horário dentro da rotina diária de cada pessoa para permitir que o organismo se acostume à atividade, assim como, escolher o calçado mais adequado e preparar a musculatura para aguentar os esforços aos quais será submetida durante a corrida, praticando exercícios de fortalecimento e alongamento dos músculos envolvidos na corrida.

A musculação ajuda a prevenir lesão nos corredores ao fortalecer os músculos e aumentar a quantidade de proteína disponível no corpo - afinal, na corrida de resistência, parte da energia gasta vem da quebra de proteínas. Como é um trabalho aeróbio, a primeira fonte de energia utilizada é o carboidrato, e, em seguida, as reservas de gordura. Após essas duas fontes, o organismo busca energia nas proteínas do músculo. Se não for feito o fortalecimento muscular, o corredor de longas distâncias certamente perderá músculos durante os treinamentos e provas.

Menos músculo significa não apenas pior desempenho do atleta, mas também maior risco de lesões. Quando tem perda de massa muscular, o esportista fica com os ligamentos e cartilagens mais fracos, predispondo a entorses e à ruptura de ligamentos. Com o fortalecimento muscular correto, o corredor ganha uma reserva suplementar de energia, pois terá mais músculos para 'queimar' durante a atividade.

O treinamento de musculação para o corredor é composto por exercícios multiarticulares, que garantem um aumento de resistência, força e potência muscular, e melhoraram o equilíbrio e a propriocepção do atleta. Além de exercitar os músculos dos membros inferiores, o corredor deve fortalecer a musculatura da região lombar e abdominal que são responsáveis pelo equilíbrio e pela postura. Não esquecendo também dos membros superiores, fundamentais para a biomecânica correta do movimento de corrida.

É importante também dar ênfase ao trabalho de alongamento.

Para quem tem mais de 50 anos, o trabalho com sobrecarga também é fundamental. De acordo com a literatura, um indivíduo sedentário perde, até essa idade, aproximadamente 10% de sua massa muscular. O que provoca a diminuição da massa muscular não é só a idade, mas também o sedentarismo. A musculação ajuda a combater essa perda.

Alguns cuidados básicos

Antes de cada sessão de treinamento, realize um aquecimento (trote) e um alongamento rápido, e ao final faça uma outra sessão de alongamento.

Não faça os treinos fortes por muitos dias seguidos. Guarde ao menos um dia de intervalo entre as sessões semanais.

Se for participar de alguma competição, diminua a intensidade do treinamento com sobrecarga pelo menos uma semana antes. Não faça sobrecarga na semana anterior à prova.


PREVENINDO AS LESÕES

Ouça seu corpo. Terá dias em que seu corpo não estará pronto para se exercitar. Se forçá-lo pode causar lesões ao longo da corrida. Caso não se sinta bem não force a barra, pode ser que seja hora de voltar para casa.

Correr sem conhecimento e sem tomar os devidos cuidados pode trazer riscos à saúde e até lesões físicas.

Muitos corredores acham que o maior número de lesões ocorre durante um treinamento de velocidade, porém a maioria das lesões ocorrem por: excesso de volume de treinamento (muitos quilômetros percorridos), ter antecedentes de lesões e falta de descanso (overtraining).

Entre as lesões, citamos as mais comuns:

- Lesões por sobrecarga – Estas lesões são as mais freqüentes entre os corredores. Elas podem ocorrer por falta de alongamento, calçado inadequado, treino excessivo, falta de descanso, posturas erradas e repetitivas. As mais comuns são:

1) Tendinites no Tendão Calcâneo. São causadas por excesso de esforço, por contato do tendão com o tênis e por muitos estiramentos no tendão. Podemos evitar este tipo de tendinite, alongando corretamente e usando calçados adequados, que absorvam o impacto da corrida, apresentado bom amortecimento, que tenha boa estabilidade e bom acabamento, evitando o atrito contra o tendão. Esta lesão deixa o tendão inflamado, degenerado e com micro ruptura. Diante de qualquer dor, procure um médico e só recomece os exercícios com acompanhamento de um professor e de um fisioterapeuta. Se for constatada a tendinite, o ideal é deixar de correr por uns dias, assim que desaparecer a dor, substitua a corrida por outro exercício aeróbio (sem impacto no tendão) como a natação ou a bicicleta e alongamentos, por uns dias. Provavelmente o médico irá receitar compressas de gelo e antiinflamatório.

2) Osteotite do Púbis. É uma inflamação que ocorre quando, através do movimento oscilante da corrida, há uma modificação na inclinação dos ossos da pelve, provocando uma ligeira separação da articulação do Púbis, com inflamação e enrijecimento da cartilagem. Podem ocorrer dores terríveis. Geralmente, os corredores com passada muito ampla são os mais propensos a esta lesão. A recuperação é lenta e demorada. Deve-se fazer muito alongamento, principalmente do quadríceps, abdome e adutores, mas sempre com cuidado. O ideal é procurar um especialista. As compressas de gelo e calor são recomendadas, mas apenas com a autorização do médico.

3) Fraturas por Stress. Acontecem por causa de esgotamento muscular excessivo e falta de absorção de impactos acumulativos. Usar um calçado adequado, ou seja, com bom amortecimento e o descanso apropriado podem evitar este tipo de lesão. As fraturas de stress são fissuras microscópicas dos ossos, causadas por uma soma de quantidade de stress que não foi curada. Diagnosticada a fratura, você terá que parar de correr por algumas semanas, substituindo a corrida por outra atividade aeróbia como a natação ou o ciclismo e quando voltar a correr, iniciar em terreno macio ou grama.

4) Joelho de Corredor. É causada por má postura ao correr ou descompensação muscular. Também conhecida como Condromalacia Patelar, é muito freqüente em corredores iniciantes e em atletas. A dor é acentuada quando se desce escadas ou corre em terrenos com declive. A genética pode influenciar. (por exemplo: corredores com quadril mais largo, fazendo com que o fêmur vire para dentro). Pode-se evitar esta lesão fazendo musculação, fortalecendo os músculos, ossos, tendões, ligamentos, usando palmilhas e tênis estáveis.

5) Periostite Tibial. São mais freqüentes em atletas que correm em terrenos duros e acidentados, utilizando calçados duros. É causada por uma excessiva vibração do Periósteo que cobre a Tíbia, ocorrendo uma inflamação do mesmo. Isto causa muita dor. Evite sapatilhas com solado duro. Use calçado estável e com bom amortecimento. Se esta lesão ocorrer, não corra antes de sarar completamente. Você poderá usar compressas de gelo ou quentes, mas somente com a indicação de um médico ou fisioterapeuta.

- Entorses do tornozelo

Existem dois tipos de entorses:

- Torção para dentro (inversão), que é a mais comum, afetando os ligamentos laterais externos do tornozelo;

- Torção para fora (eversão), que ocorre girando o joelho e soltando os ligamentos internos. Não ocorre com freqüência.

Existem três graus de entorses:

- Estiramento excessivo, mas sem afetar os ligamentos (grau I);
- Ruptura parcial dos ligamentos (grau II);
- Ruptura total dos ligamentos (grau III), sendo necessário fazer cirurgia.

É sempre indicado após uma torção, fazer compressas de gelo para evitar edema e diminuir a inflamação. No caso desta lesão deve-se ficar sem correr até fazer uma consulta a um médico, para que ele analise o caso.

Outro mecanismo responsável por lesões é o chamado overtraining, ou síndrome do supertreinamento, assim como outros males que afetam nosso corpo, pode fazer um belo estrago até ser tratado.

“Virar o fio”, é assim que costumamos chamar o overtraining, ou seja, o esportista vem numa curva crescente de desempenho e de repente ela cai. Essa virada pode ser conseqüência de treinamento excessivo, descanso inadequado, acúmulo de competições e excesso de cobrança.

Não é à toa que as principais vítimas do overtraining são os atletas muito motivados, seguidores da filosofia “no pain, no gain” (sem dor, sem ganho).
Esses atletas esquecem que os treinos duros deixam o corpo mais fraco - o que faz ele mais forte é o descanso. Ao treinarmos, submetemos nosso corpo a uma sobrecarga que gera uma adaptação, que nada mais é do que o ganho em condicionamento. O sono e a alimentação restauram os estoques de energia e de nutrientes, criando o ambiente ideal para que a adaptação ocorra. Se o corpo recebe uma nova sobrecarga antes de ter conseguido se recuperar, começa o desequilíbrio que pode levar ao overtraining. Aí, por mais que se treine, não se consegue nenhum resultado.

No overtraining o corpo perde a capacidade de se recuperar das sobrecargas sucessivas e entra em pane - uma pane suave, silenciosa e perigosa. Daí a lista enorme de sintomas imunológicos, neurológicos, emocionais e até musculares. O diagnóstico é difícil porque os sintomas se parecem com as conseqüências naturais de um treino forte. A diferença é que no overtraining esses sintomas tornam-se crônicos. Se você sentir depressão, fadiga prolongada e estabilização ou declínio da performance, e for descartada a possibilidade de outra doença, é aconselhável procurar um especialista em medicina do esporte.

Segundo especialistas, esse quadro de depressão é um mecanismo de defesa do atleta. Treinar exaustivamente sem se recuperar pode levar a um problema sério de saúde, até mesmo à morte súbita. A depressão obriga o atleta a parar.

O overtraining costuma ser mais comum nos atletas que treinam para provas de longa duração, mas pode ocorrer com todos os tipos de esportistas, inclusive naqueles que treinam em academias e parques. Isso foi constatado no estudo coordenado pelo Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício (CEFE), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Durante meses, pesquisaram os sintomas de overtraining em usuários de academias. O treino em grupos pode colocar indivíduos com aptidões físicas e sensibilidades ao treinamento diferentes sob o mesmo ritmo de trabalho físico.

O cansaço, a perda de peso e outros sintomas externos são apenas reflexos do desequilíbrio interno. O overtraining mexe com os hormônios. A testosterona, que influencia positivamente no desempenho diminui. O cortisol, que é o hormônio do estresse, aumenta. A redução dos níveis de testosterona retarda a recuperação. O cortisol elevado aumenta a queima de proteína e leva à perda de massa muscular. Os níveis de endorfina também podem diminuir, o que explica a sensação de fadiga e a falta de concentração apresentada por indivíduos com overtraining. Como se não bastasse, a síndrome de supertreinamento pode causar a redução do número de células vermelhas (diretamente ligadas ao desempenho aeróbio) e do aminoácido glutamina (um dos responsáveis pela manutenção da resistência imunológica). E pode vir também à perda da libido.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Assunto de hoje: Corrida! Parte 1


CORRIDA - O que você precisa saber


Um estilo de vida saudável, que inclui alimentação e a prática de exercícios, é capaz de prevenir doenças e retardar o que os médicos chamam de “relógio biológico” do envelhecimento. Hoje, mais do que nunca, atividade física faz parte de qualquer tipo de prescrição médica voltada a qualquer idade. Mas os médicos vão além. É consenso entre eles que o que você faz hoje (principalmente a partir dos 30 anos) resultará em uma velhice com mais ou menos qualidade de vida. A partir da terceira década para as mulheres e da quarta, para os homens, começa o processo de degeneração das células. Por isso, as pessoas precisam fazer atividade física para chegar à terceira idade saudáveis.

Para manter-se jovem a opção mais saudável é correr. É bom para o corpo e para a mente, não tem limite de idade para praticar e sempre é hora de começar (mas consulte um médico antes).

Correr é um esporte vicioso, pois traz um enorme bem estar e muitos benefícios. Colocamos abaixo tudo o que você precisa saber sobre corridas e dicas importantes para praticar este esporte.

Faça uma avaliação física antes de iniciar um programa de corrida. Não esqueça dos alongamentos antes e depois de correr, além de fazer um trabalho específico de flexibilidade pelo menos duas vezes por semana. Use um tênis adequado ao esporte e ao seu tipo de pisada. Controle a alimentação, ingerindo alimentos com baixo valor calórico, evitando açúcar e gorduras. Tenha sempre o acompanhamento de bons profissionais. Experimente correr com grupos de treinamento de corrida. O estímulo, sem dúvida, é muito maior. Corra com regularidade e torne o esporte um hábito em sua vida. Melhore suas marcas. Aumente o seu limiar aeróbio. Aumente a força muscular, pois o treinamento de resistência potencializa cada músculo exigido na corrida. Treine musculação pelo menos três vezes por semana. Faça um trabalho de fortalecimento, principalmente, dos tornozelos, panturrilhas e músculos que reforçam os joelhos. Não tenha pressa para aumentar distâncias ou a velocidade de corrida, deixe que isso aconteça gradativamente. Faça incrementos de carga suaves e gradativos. Sempre que possível corra de manhã, pois se você deixar para correr no final do dia, poderá estar atrapalhado com seus afazeres ou estar muito cansado das atividades que fez. Corra de preferência na mesma hora, acostumando assim o organismo à atividade. Desta forma, quando você não correr, sentirá falta.

Não corra todos os dias da semana, procure alternar a corrida com outra atividade aeróbia, como natação, bicicleta, step, spinning. Controle a freqüência cardíaca (entre 60% e 75% da freqüência cardíaca máxima, para iniciantes). Se concentre nos treinos. Siga um programa com treinos progressivos e reavalie o treino periodicamente (a cada dois meses). Muitos corredores acham que o maior número de lesões ocorre durante um treinamento de velocidade, mas as lesões ocorrem por: excesso de volume (muitos quilômetros), ter antecedentes de lesões e falta de descanso. Alterne corridas na esteira e na rua. Na esteira não há a resistência ao vento, ocorrendo um esforço menor do que correr ao ar livre. Na rua, além da força do vento, você tem que fazer toda a força para executar a corrida sem impulso da esteira, ficando um pouco mais difícil. Mas, cuidado com o trânsito. Corra na conta-mão para visualizar os carros e cuidado com os buracos e desníveis do chão.

Você já teve aquela dor no abdome enquanto corre? Esta dor é normal, principalmente para iniciantes. Isto se chama flato e ocorre porque o diafragma não está costumado com as subidas e descidas que as contínuas passadas da corrida provocam. À medida que o seu condicionamento melhora isto desaparece. Evite mudanças bruscas de velocidade no começo. Isto também produz o flato. Se você é iniciante, não estabeleça distâncias para percorrer. Ouça o seu corpo. No começo o melhor é construir uma boa base de resistência, correndo por um determinado tempo pré-determinado, sem se importar tanto com a distância. Quando já estiver com um bom condicionamento, aí sim, você poderá traçar (junto ao seu técnico) um objetivo como completar 10 km em 1 hora. As dores provocadas pelo exercício são causadas por microtraumatismos nos músculos e tendões. O melhor modo de evitar este mal é não fazer mudanças bruscas nos treinos que não ofereçam tempo suficiente para o seu corpo se adaptar. O desempenho feminino é pior na fase da menstruação e uma semana depois da ovulação, pois a progesterona, um hormônio chave, alcança nestes períodos, seu nível máximo. Todos os treinos devem ser iniciados com trotes leves e estes devem se repetir no final do treino (para que a sua freqüência cardíaca e respiração voltem ao normal). A constância nos treinos é a chave da melhora de resultados. Alterne a intensidade das corridas, incluindo rampas, ladeiras e aumentando a velocidade de acordo com o programa que o seu técnico irá montar. E boa corrida.

SERÁ QUE A CORRIDA É UM ESPORTE INDICADO PRA MIM?

A corrida pode ser praticada por qualquer indivíduo, desde que a pessoa tenha capacidade física para tal, ou seja, que a intensidade do esforço seja compatível com sua capacidade funcional e o trabalho aeróbio executado recomenda a Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva (SBME). Para aqueles que já caminham e que possuem condicionamento físico, a corrida passa a ser natural, pois o esforço exigido para manter a mesma freqüência cardíaca no treino obriga a acelerar o passo.

É essencial que se faça exames antes da prática da atividade física para identificar possíveis doenças ou limitações físicas que impeçam a prática da corrida, descobrir o estado nutricional do corredor, verificar se ele usa medicamentos e qual é o seu nível de condicionamento físico. Em última instância, a soma desses resultados vai determinar como será a planilha de treinamentos. Todo exame se inicia pela consulta médica e, pensando em atividade física, ela deve ser feita com um médico do esporte para um exame clínico e do aparelho locomotor. Baseado nesta análise inicial, o médico pode solicitar exames complementares, como o teste ergométrico de esforço, entre outros.

A corrida não deve ser praticada por pessoas com doenças cardiovasculares nas quais a intensidade da corrida seja contra-indicada, nem por pessoas que tenham doenças degenerativas nos membros inferiores, principalmente as artroses de quadril, joelho e tornozelo.

A corrida pode ser realizada com vários níveis de intensidade, dependendo do terreno, clima, objetivos de treinamento e nível de aptidão do executante. Isso ira depender de qual é o seu objetivo com a corrida, uma vez que os objetivos podem ser os mais variados, como diminuição do peso corporal e percentual de gordura (emagrecimento), melhora da circulação sangüínea, diminuição da freqüência cardíaca em repouso e atividade, assim como diminuição da pressão arterial, entre outros.


BENEFÍCIOS DA CORRIDA

Correr traz um número incontável de benefícios para a qualidade de vida do indivíduo. Num documento que apresenta o posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, publicado em 1999, os principais efeitos benéficos da corrida seriam:

- redução do peso corporal
- maior controle dos níveis de colesterol
- aumento da capacidade cardiorrespiratória
- redução dos riscos de infarto
- aumento da massa muscular
- melhor controle da pressão arterial de repouso
- auxílio para regular a glicemia (a taxa de açúcar no sangue), evitando que os níveis de glicose se elevem, e para aumentar a captação desse açúcar pelas células. Para muitos indivíduos diabéticos, isso resulta numa significativa redução de medicamentos.

Estudos comprovaram que a corrida mantém a reserva funcional. Ou seja, na transição dos 30 para os 40 anos de idade iniciasse um processo de diminuição da Reserva Funcional (RF) - mecanismo pelo qual nos adaptamos às sobrecargas funcionais (resposta do músculo a uma solicitação do organismo) - mas a partir de uma faixa etária ela é imperceptível. A diminuição da RF significa que os órgãos ou sistemas tornam-se menos capacitados para responder ao aumento da demanda. Se a pessoa pratica atividade física com regularidade, consegue manter a Reserva Funcional em seu patamar mais elevado, o que permite uma resposta adaptativa semelhante à de grupos etários mais jovens.

Assim sendo, podemos dizer que correr é bom para o:

Circulação: o sangue circula mais pelo corpo, aumentando a entrada de oxigênio nos tecidos e otimiza a função dos órgãos.

Rins: o aumento da circulação melhora a função do rim, que filtra o sangue e reduz o número de substâncias tóxicas que circulam pelo corpo.

Sono: o organismo aproveita melhor as horas de sono. É nesse momento que o corpo relaxa e absorve os ganhos fisiológicos do exercício.

Cérebro: aumentam os níveis de serotonina, neurotransmissor associado à depressão. Em baixos níveis, o hormônio é associado às alterações do sono, vontade de comer doce e depressão.

Perda de peso: uma pessoa de 70 kg queima cerca de 450 calorias a cada hora de corrida.

Glicemia: as taxas de glicose caem e as células se tornam mais sensíveis à insulina, o que reduz os níveis de açúcar no sangue.

Ossos: a corrida estimula a formação de massa óssea ajudando a prevenir lesões como a osteoporose.

Pressão: a corrida promove maior elasticidade dos vasos sangüíneos, o que ajuda a manter a pressão baixa.

Pulmão:
corredores têm menos risco de contrair infecção respiratória, já que, com a corrida, a função do pulmão é maximizada - principalmente na porção superior.

Colesterol: os níveis de HDL (colesterol “bom”) aumentam e os níveis de LDL (colesterol “ruim”) diminuem.

Estresse: o hormônio cortisol, liberado quando a pessoa está estressada, é queimado durante a corrida, diminuindo a carga de estresse.

Coração: a corrida ajuda a fortalecer e melhorar a eficiência. Gradativamente o atleta tem capacidade para bombear mais sangue com menos esforço (batimentos cardíacos).

terça-feira, 19 de maio de 2009

Esforço, Intesidade e Motivação por Mike Mentzer

Boa noite!!!

Estou sem muito tempo pra postar no meu blog mas pelo menos uma vez na semana vou postar algo.

Na semana passada tive avaliação, o resultado não chegou nem perto do que esperava mas tudo bem. Essa semana comprei alguns alimentos que tinham acabado e também alguns suplementos. Agora só preciso ter paciência, me alimentar a cada 3horas da melhor forma possível, treinar e descansar.

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Hoje vou postar uma matéria interessante por Mike Mentzer.



ESFORÇO

Por Mike Mentzer

Eu me lembro do primeiro esforço de alta qualidade que fiz no bodybuilding. O nível de esforço foi tão intenso, e tão diferente dos treinos precedentes que o mero ato de lembrar já me faz sentir a dor. Por volta de 1972 eu comecei a ficar seriamente comprometido em me transformar em um campeão. Eu estava treinando com uns dedicados policiais de Washington D..C.. Eu recordo que eu fazia Scott com um peso que me limitava normalmente a 5-6 reps. Enquanto eu levantava o peso, eu me tornei ciente de um poder e de uma energia que surgia. Meus parceiros de treinamento da “lei-e-da-ordem” perceberam que algo extraordinário estava ocorrendo dentro desse misterioso jovem chamado Mentzer. Eu estava em minha sexta rep, não mostrando nenhum sinal de lentidão ou fraqueza. Na hora em que eu estava executando a oitava rep, eu já tinha me esquecido dos meus parceiros. Minha concentração focalizou-se mais e mais intensamente no peso e no meu biceps. Conforme eu continuei a 9-10 reps era como se eu estivesse rendido ao momento. Eu fui me puxando através de mais reps, para um total de 11, aproximadamente seis reps a mais do que meu melhor desempenho precedente no Scott. Somente depois que eu desci o peso é que eu percebi que algo incomum tinha acontecido. Enquanto eu me sentei para melhorar minha respiração e para limpar minha testa, eu fui tomado pelo significado de o que significa treinar com 100% de intensidade.

Até o momento a noção de intensidade era meramente um conceito abstrato flutuando em meu cérebro. A intensidade era agora uma vivencia, algo que tomara meu inteiro ser e dirigiria todas minhas futuras ações. A filosofia de treinamento do tudo ou nada transformou-se em algo que poderia ser aplicado à vida em geral. Isso significa, simplesmente, que se existe algo que valha a pena fazer, então você deve dar tudo que você tem nisso, ou nem tentar. Pelo fato de tais esforços ocorrerem relativamente infrequëntemente, eles tendem a estar fora da nossa memória. Eles são marcados tipicamente por um foco maior que o usual no presente, acompanhados por um sentido de poder pessoal realçado. Quando nós transcendemos, mesmo em um grau, nossos níveis precedentes de esforço, nós invariavelmente fazemos progresso. Estes esforços ajudam-nos a atingir completamente níveis funcionais mais elevados e são experiências de aprendizagem poderosíssimas. Eles nos colocam mais perto do que o psicólogo William James chama de "reservas ocultas".



ESFORÇO E SOBREVIVENCIA

A natureza não criou criaturas para serem inativas. Em todos os níveis da biologia, a inatividade significa a morte. A vida é crescer: quando não nos movemos para frente, nós regredimos. Nós sobrevivemos o tempo em que avançamos. Os seres humanos evoluíram com contínuos esforços. Já que homens e mulheres são distintos de outras criaturas porque têm uma mente, eles somente tirarão o maximo de si mesmos quando empregarem essa habilidade racional de focalizar no futuro, isto é, ir atrás de seus objetivos. O indivíduo que quer evoluir física e mentalmente deve estar disposto a exercer esforços contínuos. Como a vida por sua natureza envolve o esforço, nós somos constantemente enfrentados também por possibilidades de derrota. O ser humano desfruta o prazer intenso do esforço bem sucedido, porque confirma a possibilidade de sucesso na vida. Sempre que nós realizamos um esforço consciente, como quando nós nos esforçamos contra um supino de 400-libras, nós sentimos um poder específico surgir em nós, um sentido de "vontade". Uma auto-estima abundante associada com as hastes de um bodybuilder campeão torna possível os objetivos gerando o esforço apropriado. Ele gasta tempo e energia necessária para desenvolver seu auto-respeito. Ele avalia suficientemente sua vida e felicidade de modo a exercer competente esforço. Em conseqüência sente grande orgulho. Os indivíduos que evitam o esforço podem terminar com problemas como não achar um sentido pra vida e não dar o devido valor à mesma. Não se esforçar eventualmente causará atrofia dos recursos internos de uma pessoa. Este sentimento de impotência com a vida torna até o menor problema em uma causa perdida.

A vontade necessita de um ponto onde possa ser reunida forças. O bodybuilding serviu sempre como um poderoso estimulante e como um significado em minha própria vida. O livro sobre minha preparação para vencer o Mr. Universe de 1978 demonstra isso, demonstra os esforços que fiz para atingir meus objetivos: "a noção de que toda esta preparação tortuosa e de privações me levou a um novo nível de vida e existência tornou-se cada vez mais clara a mim. A vida assumiu grande sentido nesse processo. Quando há elementos de tensão e de desconforto associados a uma existência elevada, e eu os supero, eu posso dizer que fico ainda mais estimulado em cada uma dessas áreas - intelectual, emocionalmente, e espiritual”. A soma de minhas atividades vitais - externa, interna, muscular, emocional, sexual, e sim, mesmo espiritual – em resumo, minha essência, foi sempre mais intensamente sentida em períodos de grande esforço. O efeito cumulativo desta ascensão em meu total poder elevou-me a um mais alto nível de vida.

QUALIDADE DO ESFORÇO
Os esforços intensos resultam em aumentos específicos no tamanho e na força muscular. A intensidade significa a porcentagem do esforço momentâneo gerado. Mais próximo um individuo chega aos 100% de sua capacidade momentânea, maior a probabilidade que ele terá de crescer. A duração do esforço, ao contrário da intensidade, refere-se ao tempo real gasto em um esforço. Os esforços de longa duração, tais como faz o corredor de longa-distancia, resultam em um aumento na resistência cardio-pulmonar, mas não fazem praticamente nada para aumentar tamanho ou força muscular. A qualidade do esforço - o fator de intensidade - é mais importante aos bodybuilders e aos atletas de força. A intensidade do esforço deve ser alta o bastante para induzir uma resposta adaptativa, ou seja, crescimento. Em geral, o fator de intensidade deve exceder 50% da capacidade de um individuo, levando em conta que intensidades maiores produzem também maiores taxas de melhorias. Aqueles interessados em crescer ao maximo devem regularmente se exercitar com 100% de intensidade.

VALORES, MOTIVAÇÃO & ESFORÇO

O esforço de qualidade no treinamento high-intensity requer uma abundância de motivação, e coragem física e mental real. Obviamente um corpo altamente condicionado e bem treinado é capaz de realizar um enorme esforço praticamente a qualquer momento. Porque o esforço maximo exige enormes demandas do mecanismo de adaptação do corpo, a mente procura impedir tal esforço. Todos nós uma vez ou outra na vida já sentimos que fazer um esforço sobre-humano é apenas para emergências.

Você se lembra de ir na academia e sentir-se cansado e sem recursos, procurando uma desculpa para não treinar? Você acha quase impossível concentrar-se no que você sabe que deve fazer; um peso que você possa ordinariamente executar 10 reps se recusa a subir após a 5ª rep. No entanto, imagine isto agora: Na hora em que você está pronto para jogar a toalha, algum mau-caráter põe uma pistola na sua cabeça e diz, "levante esse peso e faça 10 reps ou eu estourarei seus miolos!". O que você faz? Você pega o peso e não faz apenas 10 reps, mas você faz 15! A motivação é abastecida pelo desejo de ganhar e manter um valor. Mais valor que nós atribuímos a algo, mais motivação nós teremos para adquirir esse valor particular. É o conceito de vida que dá o significado ao conceito de valor. Quando esse valor é ameaçado, você encontra um potencial para realizar grandes esforços que você nem sabia que possuía. É surpreendente o que você pode fazer quando sua vida ou aquela de alguém que você ama depende disso. Quanto mais valor você dá para construir músculos e ficar forte, maior vai ser sua vontade para alcançar esse objetivo, já que encontrar motivação não será nenhum problema. E já que o valor requer uma pessoa para focalizar sua consciência, claridade e inteligência para fazer uma escolha - para fazer um esforço. Você é o agente de seu próprio destino mesmo se você o realiza ou não, ou se você age ou não. Somente você pode encontrar motivação para exercer esforço de qualidade a fim de conseguir seu total potencial como um bodybuilder. Ninguém mais pode fazer o trabalho por você.

Desenvolver uma filosofia pessoal de esforço baseada em princípios objetivos requer tempo e dedicação, mas as recompensas são mais do que proporcionais. Conforme essa filosofia toma forma, você vai crescer cada vez mais objetiva e propositalmente, e seu poder e carisma pessoais afetarão todos aqueles à sua volta. Mas você não pode apenas ficar pensando a respeito, você deve agir! Então tenha orgulho de seu poder para conseguir seus valores e objetivos. Seja um campeão de escolhas e faça esforço para conseguir o tipo de corpo que quer.



FONTE: http://www.ironpump.org/forum/archive/index.php/t-2370.html

terça-feira, 12 de maio de 2009

Assunto de hoje: Objetivos!

Boa Noite!!!
Desculpem a falta de atualização no meu blog, prometo tentar postar com mais frequência. rs
Minha semana começou meio conturbada, faltei ontem na academia, hoje fui e treinei perna (quadríceps femoral) e glúteo. Minha avaliação tava marcada pra amanhã, mas devido alguns “acidentes” de percurso resolvi deixar pra sexta.
Hoje resolvi postar sobre OBJETIVOS, li esse artigo no site do “Diário do Culturismo” e resolvi trazer pra vocês.


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Objetivos- Quais são os seus?








Todo mundo tem seus próprios objetivos na vida. Sabemos que de nada adianta ter um objetivo e não estar disposto a pagar o preço por ele. Não podemos querer algo difícil sem estarmos dispostos a fazer os sacrifícios necessários.É muito comum vermos estudantes passando noites a fio acordados estudando. Eles querem vencer na vida, ter sucesso profissional e estudar muito é a única solução. Ninguém vai estudar para eles. Eles deixam de ir em festas e alguns nerds mais malucos deixam também de namorar. É isso o que eles querem e eles vão até o fim. Geralmente esse tipo de estudante, muito dedicado sempre consegue o sucesso.Existem pessoas para as quais o trabalho e o dinheiro é tudo na vida. Essas pessoas sacrificam sua vida, sua saúde e sua família. Trabalham horas por dia e nem tem tempo de dar bom dia para os filhos ou um beijo de boa em suas esposas ou maridos. O objetivo principal deles é a vida profissional.O ponto principal de tudo isso é que quando queremos muito alguma coisa nós fazemos os sacrifícios necessários. Infelizmente quando o objetivo é perder gordura as pessoas nunca estão dispostas a fazer o que é preciso.Para atingirmos uma boa condição física é preciso treinar com pesos, se alimentar adequadamente e ter um bom nível de repouso. O fator de mais difícil conscientização das pessoas é a alimentação. Para a maioria dos seres humanos normais, comer é um dos maiores prazeres possíveis. Para alguns infelizes comer na verdade é o único prazer na vida. As pessoas precisam perceber que existem também outros prazeres como estar com quem amamos, ou olhar no espelho e se sentir bem consigo mesmo. Coloque isto na cabeça: Nós nos alimentamos, isto é ingerimos os nutrientes em quantidade e proporção adequados para nosso objetivo, a maioria das pessoas COME, isto é ingere os nutrientes na proporção adequada para se empanturrar e não conseguir nem andar depois da refeição. Qual o benefício desta prática eu não sei.Para conseguirmos baixar nosso nível de gordura é preciso treinar duro, sem perder nenhum treino e mudar nossos hábitos alimentares. Muitas pessoas na academia me perguntam como eu consigo comer arroz e frango as oito e meia da manhã. Para mim é um hábito, se eu não comer este tipo de nutrientes não vou conseguir treinar bem ou trabalhar durante o dia. Sempre foi assim? Claro que NÃO! Quando comecei a treinar(pouco mais de dez anos atrás) eu nem pensava em comer esse tipo de alimento, com o passar dos anos fui me habituando.Há alguns meses foi aniversário de uma de nossas alunas e a turma que freqüenta o mesmo horário que ela na academia preparou uma pequena festa surpresa com bolo e refrigerante Light. Por uma questão de educação peguei meio copo de refrigerante e um pequeno pedaço de bolo, era pequeno mesmo, comi em duas mordidas. Uma das alunas ficou indignada porque eu só tinha comido aquilo. Mas já eram três horas da tarde, eu tinha que tomar um shake as três e meia para treinar as quatro horas. Não tinha como comer. Ela olhou para mim e falou: “Nossa, as coisas não precisam ser levadas assim tão a sério, trabalhamos tanto, também temos direito a algum prazer de vez em quando, também temos o direito de comer doce.” Respondi imediatamente que meu maior prazer era olhar no espelho e me sentir bem, o maior prazer é colocar uma roupa e me sentir bem dentro dela, sentir a manga apertando o braço, a cintura fina, e que prazer mesmo era minha namorada me dizendo que eu estava lindo. Por isso eu deixo de comer doce, frituras e tudo mais que me atrapalhe. Para mim, comer deixou de ser um prazer, ou pelo menos deixou de ser um prazer tão grande, prefiro ter outros prazeres, tudo na vida é uma troca, não podemos ter tudo na vida. E se quisermos ter um belo corpo com certeza precisaremos fazer muito sacrifício. Não estou dizendo que todo mundo precisa deixar de comer tudo o que gosta, seja inteligente e tenha um dia por semana para comer algo que gosta muito, mas não abuse.Mude sua vida, mude seu treino, e tome um cuidado especial com sua dieta, depois de algum tempo quando você se olhar no espelho vai ver que tudo valeu muito a pena.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Assunto de hoje: Motivação!

Boa Noite!

Hoje eu vou postar sobre motivação, sei que muitas vezes bate aquela preguiça, não se deixe vencer por ela.






As vezes você se pega sentado no sofá confortavelmente, pensando: “E se eu faltar o treino só hoje…”, geralmente seguidos de outras desculpas esfarrapadas como: “Minha garganta não está legal hoje” ou “Meu ombro está meio dolorido da semana passada… É melhor eu dar mais um dia de descanso”. E várias outras desculpas ridículas que ajudam você a se auto-confortar para não ir até a academia. Motive-se e quebre este hábito horrível que só irá atrasar os seus ganhos!
Estas “táticas” não são exclusivas dos preguiçosos, é quase impossível ficar sempre motivado para treinar. Especialmente quando está frio, você está cansado, desanimado e tem algo que você goste passando na tv. Porém existem algumas regras a serem seguidas quando aquela preguiça traiçoeira ronda a sua rotina de treino e alimentação:


Regra 1: Apenas treine! Simples…
Independente do que você esteja pensando no momento: preguiça, desculpas esfarrapadas, problemas sociais. Simplesmente pegue as suas coisas e vá até a academia. Apenas vá! Mesmo que seja para chegar lá e ficar reclamando da sua própria preguiça. Em 99% dos casos, quando você chegar na academia e ver as outras pessoas treinando, você vai treinar também!
Quando até mesmo a tarefa de ir até a academia se torna difícil (Devido a sua própria preguiça e falta de determinação), você deve usar um gatilho para se motivar a sair de casa e ir treinar. Algumas pessoas assistem vídeos de fisiculturistas famosos treinando, outros escutam música alta de um estilo que os motiva e outros simplesmente se olham no espelho e acham que podem passar do seu próprio limite hoje. Descubra qual é o seu e use-o corretamente!


Regra 2 - Se desafie!
Uma chave simples para o sucesso é fazer metas que sejam possíveis de se cumprir. Algumas pessoas fazem metas mirabolantes, por exemplo: conseguir ganhar 10 centímetros de braço em um ano(Em 3 anos você teria 30 centímetros a mais, em mais 2 você teria o maior braço do mundo, considerando que você não começou a treinar com 0 centímetros de braço, não é ?). Faça metas racionais, pois ao atingir a sua meta você estará ciente de que ter resultados é possível e estará automaticamente motivado para a sua próxima meta. A sua imaginação é o limite, você pode fazer metas de quantas repetições vai conseguir em um exercício, quantos centímetros de bíceps vai ganhar em 2 meses ou quantos centímetros vai perder de cintura, etc…


Regra 3 - Não tente se auto-confortar
Quando uma pessoa não quer ir treinar ou se alimentar de verdade, ela consegue transformar todos os fatos ao seu favor para se confortar a não fazer o que não lhe agrada no momento. Quando esse tipo de pensamento começar a açoitar a sua mente, você deve chutá-lo para fora da janela o mais rápido possível. Coloque uma coisa na sua cabeça: a única coisa que pode impedí-lo(a) de treinar é uma lesão, doença ou um contra-tempo sério, fora isso nada mais lhe impede! Pare agora mesmo de arrumar “desculpinhas” e vá treinar, pois do contrário você estará sendo simplesmente MAIS um perdedor que faz isso toda vez uma preguiça bate.


Conclusão

Não existe sacrifício para ser um perdedor! Este é o caminho mais fácil, basta desistir e arrumar desculpas. E não existe caminho fácil para ser um vencedor, existe apenas o caminho do sacrifício. O vencedor é aquele que faz sempre um pouco a mais do que todo o resto!

[Fonte: Hipertrofia.org]

domingo, 3 de maio de 2009

Seis Princípios para Crescer

EXERCÍCIOS BÁSICOS COM PESOS LIVRES

Essa é regra numero um quando se trata de ganhar massa muscular. Os pesos livres são a principal arma em nosso arsenal na academia. As máquinas, por mais eficientes que pareçam, não conseguem dar o estímulo necessário para nossos músculos. Elas podem ser muito boas para quem esteja lesionado ou se recuperando de uma lesão.Mas se seu objetivo for ficar gigante use barras e halteres.
Não estou dizendo para não usarem as máquinas, elas têm seu valor no final de um treino, quando nosso sistema nervoso está tão estressado que não pode mais controlar cargas pesadas com segurança. Use então as maquinas para isolar o músculo alvo no fim da sessão.

INTENSIDADE É TUDO!
As pessoas teimam em ficar horas na academia se matando, e pior, matando todas as possibilidades de extrair um bom resultado de seu treinamento. É muito comum as pessoas realizarem treinos intermináveis com séries incontáveis e com muuito descanso entre as séries. Grandes campeões utilizaram e ainda utilizam treinos gigantes com várias séries para cada grupo muscular. Atualmente Jay Culter, Lee Priest e o imenso, anormal Ronnie Coleman utilizam esse tipo de treino, o lendário Arnold também faz parte deste time. O que muitos não vêem é que esses caras têm uma genética privilegiada e que são atletas profissionais que comem dormem e respiram musculação, o que os permite este tipo de sobrecarga. Eles usam grande volume e o mais importante: Imensa intensidade!
Nos anos 80 surgiu no cenário Mike Mentzer e seu método de alta intensidade e volume extremamente baixo. Nos anos 90 Dorian Yates adaptou e desenvolveu um sistema de treino que na opinião de muitos é o ideal para nós, pessoas comuns. Alta intensidade e volume nem muito baixo nem muito alto. A assim foi descoberta a proporção perfeita entre volume e intensidade.
É muito comum esses atletas treinarem até cair no chão ou vomitar tudo o que comeram durante um treino pois eles utilizavam uma intensidade inigualável.
Quando for treinar, que treine com intensidade, até a falha muscular e cuidado com o intervalo entre as séries. Assim você não precisará realizar vinte séries para ombro e 40 para as pernas. Sessões de treino curtas e intensas aumentam a liberação de testosterona, igf-1 e GH e diminuem as chances de termos uma produção exacerbada de Cortisol, o hormônio catabólico.

APERFEIÇOE SUA TÉCNICA DE EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Você precisa aprender a sentir seu músculo se você quiser faze-lo crescer. Se você não consegue sentir seu músculo contraindo e relaxando durante o treino você não está conseguindo tirar o máximo proveito de seus treinos.
Voltando ao tema genética privilegiada podemos citar novamente Coleman, e talvez Nasser. Para quem já viu em seus vídeos Mr. Coleman treina de forma horrível. Movimentos curtos e com grande impulso e com pesos extremamente altos são a Tonica de seu treino. Coleman com esse treino consegue aumentar sua massa a cada ano e se mantém livre de lesões sérias. Mas ele é dono de genética única no mundo, assim como existe só um Michael Jordan só existe um Coleman. Portanto nem pense em copiá-lo!!
Charles Glass, renomado guru americano prega a seus clientes, entre eles Gunter Schlkierkamp e Johnnie Jackson, que reduzam a carga e sintam a contração. Foi treinando assim que Gunter foi capaz de vencer Coleman no GNC PRO em 2002.
Use sempre cargas altas, mas nunca sacrifique boa execução por causa do peso. Treine seus músculos e não seu ego!!
Para aqueles que insistem em levantar cargas excessivas e sem preocupação com a execução do exercício eu aconselho para que arrumem um emprego em uma firma de mudança, pois aí estarão carregando peso o dia todo e o melhor, vão estar ganhando para isso.

NA DÚVIDA, DESCANSE

O repouso apropriado é a parte menos visada pelas pessoas. Todos seguem a regra do quanto mais, melhor. É importantíssimo aprender a ouvir os sinais que nosso corpo nos envia e segui-los apropriadamente.
Ainda se insiste em treinar seis vezes por semana sem nenhum descanso. No final das contas a pessoa acaba tão cansada no fim do período de 6 dias que seus últimos dois ou três treinos acabam sendo não muito bons. O grande stress causado pode ainda ser um grande convite para a lesão.
Para pessoas normais, e quando eu digo pessoas normais exclua desse grupo os culturistas profissionais, é vital ter um dia de intervalo no seu programa de treinamento. O ideal seria treinar dois dias sim, um dia não e assim por diante. Essa técnica permite que a musculatura seja reparada e que o glicogênio se recupere totalmente, fazendo com que as sessões de treino subseqüentes sejam mais produtivas.
As vezes nosso dia-a-dia é tão apertado que nós somos forçados a perder algumas horas de sono ou algumas refeições, com certeza isso afetará no treinamento do dia. Quando se sentir cansado e sem a energia necessária tire o dia de folga, coma e descanse para poder debulhar na academia no próximo dia.

DURMA BEM, MEU FILHO
Não, não é sua mãe que está passando a mão na sua cabeça e te levando leitinho quente na cama cara. Quem treina forte e consistentemente precisa ter no mínimo oito horas de sono de boa qualidade. Grandes culturistas podem se dar ao luxo de dormir até doze horas por dia. Se você conseguir oito horas já está ótimo.
É durante o sono que ocorrem os processos de reparação celular no músculo e liberação de alguns importantes no processo. É muito importante ingerir um shake protéico time-released antes de dormir para que se tenha uma liberação constante de aminoácidos na corrente sanguinea durante o sono.
Quando se trata de hipertrofia muscular é necessário fazermos muitos sacrifícios, dormir é um deles para alguns. Se quer ficar grande vai dormir. Infelizmente ir para a balada cinco vezes por semana está fora de questão. A vida é cheia de escolhas difíceis...

COMA , COMA e COMA
Tinha um velho anuncio de suplementos que dizia "you are a meal alway from failure" ou seja, você está a uma refeição do fracasso. Essa frase mostra a importância de se manter comendo o tempo todo para manter seu corpo abastecido por calorias e proteína. Os grandes culturistas não comem quando estão com fome, mas sim quando é a hora de comer. Eles planejam o dia e levam consigo as refeições todas preparadas em uma bolsa térmica para não ter perigo de perder a hora da comida. É muito comum ver culturistas comendo sua refeição onde quer que eles estejam. Me lembro que certa vez estava na fila de entrada do Paulista de Estreantes em São José do Rio Preto, literalmente no meio da rua, e quando olhei para trás lá estava o Jéferson Bad Boy e dois pupilos comendo frango e batata em pé na fila!! Não importava o lugar nem quem estava olhando, era hora de comer e ele tinha que fazer.
Ta certo não precisa ser tão radical e extremo assim, mas por favor, não perca suas refeições, se programe para comer e para crescer.

Beijos e bons treinos! ;)
[Fonte: Diário do Culturismo]