terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um mês depois...

Boa noite!


Desculpe o abandono mas, o tempo tá corrido mesmo.


Como andam os treinos? Eu fiquei duas semanas de molho e voltei tem 10dias.


Abaixo segue um texto sobre como evitar lesões que eu "roubei" do site hipertofia.org, espero que gostem.





Como Evitar Lesões no Treino



De nada adianta fazer um treino hardcore e acabar com uma lesão que o afastará da academia por meses. Aprenda a evitar as lesões mais comuns na academia e tenha maiores ganhos!
1 - Aquecimento
Pois é, esta é a dica mais manjada que existe para evitar lesões, porém uma das mais importantes e que muita gente pula. Alguns indivíduos chegam na academia tão empolgados para fazer supino que pulam o tão importante aquecimento, isto é um grande erro. O aquecimento aumenta a temperatura corporal, desta forma lubrificando os seus ligamentos e tendões.
Aeróbicos de baixa intensidade são o suficiente para aquecer o corpo e evitar lesões, faça de 5-10 minutos uma caminhada na esteira ou bicicleta, após isto faça uma série com 20 repetições sem peso no primeiro exercício do dia, para irrigar os músculos, tendões e juntas da parte que você irá trabalhar.
2 - Alongamento
Fugir do alongamento causa encurtamento muscular, isto deixa os seus músculos e tendões vulneráveis à lesões. Sem contar que é prejudicial à estética do músculo, você nunca terá aquele peito de gorila por exemplo se não alongar toda vez que treinar o peito. Faça um curto alongamento antes de começar o treino com as áreas trabalhadas no dia, e um alongamento completo no término do treino.
3 - Controle e Execução dos Exercícios
Muito cuidado com a execução dos exercícios. Tenha bom senso com as cargas, sempre execute os exercícios de forma controlada. Executar um exercício de forma errada e com bastante carga pode gerar lesões sérias. Um movimento em uma direção errada é o suficiente para causar algum estrago, tenha muita atenção.
4 - Precauções
Chame o seu instrutor ou amigo sempre que for aumentar as cargas em algum exercício, para que em caso de emergência sempre haja alguém para lhe socorrer ou até mesmo corrigir uma possível má postura no exercício.
5 - Calçado
Nada de ir para a academia vestindo chinelo havaianas e afins, algumas superfícies de chinelos ou sandálias podem se tornar lisas com o suor. Bastante carga e superfícies lisas não combinam, já imaginou escorregar fazendo agachamento ou legpress ? Sempre use um calçado com a sola firme e aderente.
6 - Cinturões
O famoso cinturão de academia pode ajudar você a evitar várias lesões na lombar, mas não abuse do seu uso, pois o corpo precisa desenvolver a sua própria resistência contra lesões. Use sempre o cinturão quando for realizar uma repetição máxima ou uma série pesada no agachamento, levantamento terra ou rosca direta.
7 - Faça exercícios para a lombar
Exercícios como o famoso levantamento terra e o good morning aumentam a resistência da lombar, que é uma região muito sensível a lesões e de difícil recuperação. O aumento da resistência nesta região pode evitar lesões em vários exercícios e até mesmo fora da academia, quem nunca machucou as costas quando foi se abaixar subitamente ? Com uma lombar forte, diga adeus a este tipo de lesão.
Conclusão
Para atingir seus objetivos, diversos fatores devem estar em harmonia. Evitar lesões é um dos mais importantes, afinal, já é difícil ter ganhos com o corpo em perfeita forma, imagine com uma lesão ? É melhor perder alguns minutos do seu treino com estas dicas, do que ficar afastado do treino por meses.

Fonte: Hipertrofia.org

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Alimentação no esporte

Na prática da atividade física seja ela qual for , torna-se imprescindível uma alimentação equilibrada , rica em nutrientes tais como : proteínas , carbohidratos , vitaminas , minerais e fibras. A nutrição esportiva é uma ciência que tem como finalidade estudar e conhecer os caminhos mais adequados e seguros para que o praticante de qualquer atividade física , seja ela competitiva ou não , possa se beneficiar nos treinamentos e competições com êxito total. Muitos testes e ensaios clínicos em laboratórios de medicina esportiva foram realizados com atletas de elite e não atletas , para poder definir qual seriam os melhores nutrientes para a modalidade física a ser considerada. Diversos resultados foram obtidos com os experimentos , e apesar dos diferentes tipos de atividades físicas hoje existentes , foi concluído que alguns princípios básicos sobre alimentação são aplicados a todos os esportes. Dentro destes princípios básicos para uma alimentação correta associada a atividade física , podemos citar alguns pontos positivos que devem ser seguidos dia a dia com o intuito de melhorar a performance ; e outros que devem ser evitados , senão abolidos definitivamente dos hábitos alimentares. Oque se deve fazer: Procure sempre ingerir bastante líquidos antes dos treinamentos , de preferência água ou isotônicos ( Ex: Gatorade , Marathom , Excell , Sanka , etc...). A hidratação é fundamental para que o organismo possa manter níveis ótimos de fluídos(sódio, potássio, fósforo) nos músculos. Coma carboidratos complexos 1 hora antes do treinamentos e logo após o término das atividades físicas. Os carbohidratos complexos são ótimas fontes de energia para o corpo , pois se quebram lentamente em moléculas de glicose , as quais são os principais substratos energéticos. As melhores fontes são : batatas , inhame , cará , mandioca , pães e cereais. A maltodextrina é um carbohidrato complexo derivado do milho ou da mandioca , que permite uma rápida absorção e um rápido esvaziamento gástrico , pois esta disponível na forma de pó. Este carbohidrato em pó pode ser preparado misturando-se a medida recomendada com água gelada afim de melhorar sua absorção e administrado de preferência antes dos treinamentos de depois dos treinamentos para recuperar os níveis de glicose sangüínea. Coma diariamente nas principais refeições frutas cítricas e vegetais. Estes alimentos fornecem uma quantidade ótima de vitaminas e minerais necessários a manutenção da boa performance física . Além disso São ricos em fibras ideais ao bom funcionamento dos intestinos. As proteínas são as principais macromoléculas envolvidas nos principais processos de construção e reparação de todos os tecidos do corpo humano. São elas as responsáveis pela construção e manutenção da massa muscular , formação de enzimas , hormônios e anticorpos . Contanto fica a consideração da importante ingestão adequada de proteínas na dieta , principalmente para atletas em fase de competições , nas quais o desgaste muscular se torna intenso; Logo a necessidade de reconstrução e recuperação do tecido muscular , do qual se faz por meio da ingestão de proteínas . As proteínas devem ser ingeridas com a dieta nas principais refeições do dia , e também após 1 hora e meia ao término das atividades físicas ( momento em que o corpo mais precisa de proteínas) . As melhores fontes são as proteínas de origem animal (alto valor biológico) ,pois contém todos os aminoácidos essenciais ( componentes das proteínas) adequados a boa assimilação e formação dos tecidos. São elas: carnes(peixes, aves , vaca) , ovos e laticínios. Outra medida que pode ser implantada para a maximização do treinamento físico , é a administração de suplementos alimentares , tais como : hipercalóricos e hiperproteicos , aminoácidos livres de cadeia ramificada., hidrolisado de proteínas , multivitanícos e minerais e uma gama de ergogênicos hoje em dia existentes para diversos propósitos.Todavia esses suplementos devem ser usados com cautela , alguns não devem ser excedidos por longo prazo, outros devem ser usados por curto período de tempo e sob a supervisão de um profissional nutricionista especializado no assunto. Oque não se deve fazer: Sobrecarregar o organismo com excesso de alimentos no período próximo aos treinamentos pode ser perigoso , isto porque o sangue se concentra no sistema digestivo para exercer a digestão e no momento em que se faz atividade física o sangue é desviado para a periferia do corpo e para os músculos. Logo, o conteúdo a ser digerido sofre uma interrupção do processo , podendo causar enjôo, náuseas e até algum tipo de choque(congestão) , pode ocorrer também uma diminuição do rendimento físico por falta de fluxo sangüíneo na musculatura. Não come alimentos açucarados , principalmente chocolates antes de qualquer atividade física. Isto porque o açúcar simples presente nos chocolates e nos doces , fazem com que ocorra uma grande liberação de insulina a qual ira retirar o açúcar do sangue ( glicose ) para levar à outros tecidos , isto fará com que haja uma competição entre os músculos e a insulina pela glicose sangüínea . Logo essa competição ocasionará uma hipolglicemia ( queda da taxa de glicose ) e assim queda do rendimento físico. Evitar alimentos gordurosos , tipo frituras e salgadinhos , isso porque a digestão das gorduras são lentas e também sobrecarregam o sistema digestivo. Além disso a ingestão de gorduras esta relacionada a patologias como: doenças coronarianas , diabetes , obesidade e outros problemas. As gorduras devem ser ingeridas com moderação na alimentação dos atletas e das pessoas envolvidas em atividades físicas , já que a grande preocupação está relacionada com a estética corporal. Porém algumas gorduras devem ser ingeridas com a alimentação , principalmente as gorduras de origem vegetal ( monossaturadas) e (instauradas) as quais são fonte de "MC" Triglicérides de Cadeia Média , que são responsáveis pelo fornecimento de energia para as atividades físicas de longa duração . Existem no mercado suplementos de MCT , apresentados em sua grande maioria na forma líquida ; Estes devem ser ingeridos 2 horas antes do treinamento , pois seu processo digestivo perdura por até 4 horas após sua administração. Evitar dietas da moda. Muitas dessas dietas não funcionam e muito pelo contrário só atrapalham o rendimento físico. A melhor atitude a ser tomada quando se quer perder peso é procurar um especialista em dieta para que este possa fazer uma avaliação de suas necessidades físicas e posteriormente recomendar um dieta. *Atenção - num regime de emagrecimento , a perda de peso gordo(gordura corporal) não deve ser maior que 0.5 quilos por semana , caso contrário poderá ocorrer perda da massa magra (músculos) e posterior queda no Metabolismo Basal (queima de calorias em repouso). Evite pular refeições. Os atletas e praticantes de atividades físicas que desejam melhorar sua capacidade de treinamento devem sempre procurar seguir regularmente os horários das refeições . Em geral recomenda-se o fracionamento das refeições a cada 3 horas com pequeno volume de alimentos , porém balanceados. Isto faz com seu organismo mantenha-se constantemente abastecido e não ocorra sobrecarga digestiva e nem flutuações no nível de fome.

Fonte: http://www.fisiculturismo.com.br

terça-feira, 30 de junho de 2009

Voltei

Boa noite!
Depois de quase um mês sem atualizar, tomei vergonha na cara e voltei. rs
Hoje é meu último dia de férias no trabalho e eu aproveitei pra ir ao Clinico Geral fazer um check up, ta tudo certo com a minha saúde, mas como eu sou “chata” é e a 1ªvez que vou nessa médica sugeri que ela pedisse exames pra confirmar que ta tudo OK.
Minha avaliação é daqui a 12dias, mas pelo que vi na balança da médica hoje não engordei. Acho que a ansiedade ta me prejudicando, mas vou procurar trabalhar isso. Se eu tiver ganhado mais alguns centímetros e tiver perdido um pouco de cintura eu já fico feliz. rs
Eu vou postar pra vocês as minhas medidas na minha próxima avaliação.




Vou deixar uma foto da atleta Juliana Malacarne de trinta e dois anos que é uma das minhas
inspirações.





Beijos!!!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dicas para fazer musculação corretamente

A musculação é benéfica para qualquer tipo de objetivo, seja para definir e tornear os músculos, seja para ganhar tônus muscular, ou ainda, para ajudar no emagrecimento (uma dieta é a principal aliada dos exercícios).

Porém, como todos os tipos de exercícios, a musculação exige alguns cuidados básicos para não causar danos ao corpo. Veja alguns deles e certifique-se de estar fazendo musculação de maneira correta:

- Alongue seu corpo de uma forma geral, mas dê ênfase à parte que será exercitada.

- Faça um pequeno aquecimento (correndo ou caminhando) por pelo menos 10 minutos.

- Não exagere na carga dos aparelhos na primeira série de cada exercício. No início, coloque um peso mais leve e aumente o número de repetições, a fim de aquecer a musculatura a ser exercitada.

- Tente fazer movimentos suaves, iguais e repetidos, sem impactos grandes e em determinado ritmo.

- Aumente o peso do exercício apenas se você conseguir fazer mais repetições do que o seu professor indicou.

- Não exagere na carga dos aparelhos, pois poderão surgir problemas de postura e dores musculares. Além disso, com mais peso do que você pode suportar, o exercício não vai ser bem feito e, assim, não terá o efeito que você espera.

- Atente para o intervalo recomendado pelo seu professor durante as séries de exercícios.

- Beba água sempre quando puder.

- Respeite a ordem dos exercícios, de acordo com os grupos musculares a serem exercitados.

- Alongue após o treino, a fim de evitar dores e lesões musculares posteriores.



Fonte: Minha Vida

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tema de hoje: Cálcio ajuda a perder peso

Garanta sua dose de cálcio e emagreça
Ele reduz os depósitos de gordura do corpo. Conheça os mecanismos por trás desse efeito e aprenda a tirar proveito do mineral que tambem afasta o câncer, controla a pressão e fortalece os ossos.


Foi por obra do acaso que pesquisadores da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, descobriram, no final dos anos 1990, a íntima relação do cálcio com a perda de peso. Na verdade o que eles pretendiam era entender melhor a atuação do mineral no combate à hipertensão. Só que, então eureca! , verificaram nos participantes do estudo uma surpreendente redução de quilos, além da já esperada queda na pressão arterial.

Depois disso muitos trabalhos vieram à tona para corroborar a tese da ação antiobesidade. Faltava apenas fugir do terreno das hipóteses e chegar a explicações mais consistentes. A investigação andou a passos largos e hoje já não há tantos mistérios sobre os mecanismos envolvidos nessa história.
"O cálcio interfere no desenvolvimento dos adipócitos, as células de gordura", resume a nutricionista Mariana Del Bosco, que anda estudando o assunto na Universidade de São Paulo (USP).

Esmiuçando um pouco mais: ele bloqueia enzimas envolvidas na formação desse grupo celular. Experimentos demonstram que, na falta do nutriente, ocorre um desequilíbrio. Resultado: os adipócitos incham e o ponteiro da balança dispara. Outra ação do cálcio contra a obesidade aparece em um estudo europeu. Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, comprovaram que alimentos ricos no mineral brecam a absorção da gordura vinda das refeições.

Em outras palavras, parte das moléculas engorduradas é varrida para fora do organismo na digestão, o que impede seu acúmulo.Para completar, há evidências de que o mineral atue no aproveitamento da insulina hormônio fundamental na regulação do metabolismo e da própria fome. Seu excesso na circulação contribui para o armazenamento de energia na forma de gordura, o que, óbvio, leva ao aumento do tecido adiposo. Ou seja, se falta cálcio a barriga salta aos olhos e os pneus dão o indesejado ar da sua graça.

No grupo de 42 voluntários que participam do estudo na USP foi detectada, logo de cara, uma deficiência do mineral e, coincidência ou não, vários quilinhos extras. Após cinco meses e com a adequação do consumo de boas fontes, sobretudo o leite desnatado, a equipe de Mariana Del Bosco já nota que as cinturas se afinaram. São os primeiros efeitos e, sem dúvida, já merecem comemoração. Incluir o cálcio no cardápio também ajudaria a manter bem longe a temida síndrome metabólica.

O problema que cresce no mundo inteiro resulta da soma de glicose elevada, pressão alta e alteração nos níveis de colesterol e triglicérides. Uma mistura explosiva que bota o coração em risco.A boa notícia é que o mineral desponta em estudos como aliado contra o mal. Uma análise de diversos trabalhos, recém-publicada no periódico científico americano The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, mostra uma associação entre o consumo de alimentos ricos no mineral e a diminuição do risco da síndrome.

No grupo de 42 voluntários que participam do estudo na USP foi detectada, logo de cara, uma deficiência do mineral e, coincidência ou não, vários quilinhos extras. Após cinco meses e com a adequação do consumo de boas fontes, sobretudo o leite desnatado, a equipe de Mariana Del Bosco já nota que as cinturas se afinaram. São os primeiros efeitos e, sem dúvida, já merecem comemoração. Incluir o cálcio no cardápio também ajudaria a manter bem longe a temida síndrome metabólica.

O problema que cresce no mundo inteiro resulta da soma de glicose elevada, pressão alta e alteração nos níveis de colesterol e triglicérides. Uma mistura explosiva que bota o coração em risco.A boa notícia é que o mineral desponta em estudos como aliado contra o mal. Uma análise de diversos trabalhos, recém-publicada no periódico científico americano The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, mostra uma associação entre o consumo de alimentos ricos no mineral e a diminuição do risco da síndrome

[Fonte: Revista Saúde]

Vou me afastar um pouco da internet pra me deidicar aos estudos mais pelo menos uma vez por semana eu prometo arrumar um tempo pra atualizar.
Bjus!!!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Corrida: Última parte

ONDE CORRER

Existem várias opções de lugares para quem gosta de correr, porém é sempre bom corrermos em locais com pouca poluição atmosférica e se o local for rodeado por árvores fica ainda melhor, por melhorar a qualidade do ar naquela região.

Porém não são todas as pessoas que tem a sorte de optar por um lugar tão magnífico como este, então podemos escolher a praia, tanto no calçadão quanto na areia (lembrando que na areia o nível de esforço físico é maior que no asfalto), parques e bosques, campos de futebol, pistas de atletismo, ou para quem não tem muito tempo ou não disponibiliza de um lugar tranqüilo ao ar livre existe a opção da esteira, que é uma corrida que pode ser realizada nas academias, clubes e até em casa.

Um outro fator que deve ser levado em consideração para quem corre ao ar livre é o horário do dia no qual será realizada a corrida. Os melhores horários são pela manhã e ao final do dia, enquanto existe iluminação do sol e a temperatura ambiente esta baixa, a qualidade do sol esta boa e associamos a corrida a um gostoso banho de sol. Devemos evitar correr no período de 11 às 15 horas, pois é nesse período em que o sol esta mais forte e pode nos fazer mal, prejudicando a performance da nossa corrida e a nossa saúde.


O QUE CALÇAR


Um bom par de tênis é muito importante para lhe garantir uma boa corrida livre de lesões. Os tênis especiais para corrida absorvem o choque das passadas e ainda estabilizam seus pés no solo.

Os melhores tênis para corrida são aqueles com sistema de amortecimento de impacto, sistema antitorção e no caso de indivíduos com desvios podais (desvios posturais dos pés), tênis com regulagem de pisada.

Um bom tênis deve: ser flexível, ter uma sola grossa, um acolchoamento para o calcanhar para o tendão de Aquiles, a sola deve ser mais larga que à parte de cima, ser confortável com bastante espaço dentro dele e ainda mais alto na parte de traz.


COMO SE HIDRATAR (O QUE TOMAR ANTES, DURANTE E DEPOIS DA CORRIDA).

A melhor bebida que existe para reposição de líquidos perdidos durante os exercícios é a água. Porém se o exercício for de longa duração ou ainda se for de longa duração realizado em períodos de calor forte, deve-se fazer uso de bebidas energéticas especializadas como gatorade® ou sport drink®, para fazer a reposição de líquidos e eletrólitos perdidos através do suor.


PAPEL DOS CARBOIDRATOS


Os atletas que treinam para exercício de endurance tipo corrida de longa distância experimentam um tipo de fadiga crônica, no qual os dias sucessivos de treinamento duro se tornam extremamente mais difíceis. Esta "estafa" pode estar relacionada com a depleção gradual de reservas corporais de carboidratos, observada com o treinamento extenuante e repetido, até mesmo quando a dieta do atleta contém o percentual recomendado de carboidratos. Ela ocorre quando o exercício é realizado até o ponto em que o glicogênio no fígado e nos músculos ativos sofre uma redução intensa, até mesmo quando existe O2 para os músculos e a energia proveniente da gordura armazenada continua quase ilimitada.
Na corrida de longas distâncias, o combustível utilizado é o glicogênio, que está relacionado à ingestão de carboidratos. Alguns pesquisadores recomendam aumentar a ingestão dietética de carboidratos para 70% das calorias ingeridas ou mais, a fim de se evitar a depleção de reservas corporais de glicogênio e induzir uma preservação de proteínas com os dias sucessivos de treinamento árduo. Com o treinamento mais moderado, a ingestão pode ser reduzida para 50-60% de carboidratos.

Mesmo que o indivíduo tenha uma dieta rica em carboidratos, deve ingerir carboidrato até, pelo menos 4 horas após o exercício prolongado e exaustivo, para restaurar os níveis musculares de glicogênio, apesar do glicogênio hepático ser restaurado rapidamente. Alguns indivíduos podem até levar mais de cinco dias para restabelecer os níveis musculares de glicogênio, quando a dieta contém quantidades moderadas de carboidrato. Isso certamente proporciona uma justificativa nutricional de alguns técnicos e treinadores reduzirem gradualmente ou minorar a intensidade das sessões de treinamento vários dias antes de uma competição.

No exercício intenso, o glicogênio muscular armazenado e a glicose carreada pelo sangue constituem os principais fornecedores de energia nos primeiros minutos do exercício, nos quais o fornecimento de O2 não satisfaz as demandas do metabolismo aeróbico, assim como durante um exercício de alta intensidade. Durante o estágio inicial do exercício, a captação de glicogênio sanguíneo circulante pelos músculos aumenta bruscamente e continua aumentando à medida que o exercício progride. Por volta do décimo quarto minuto de exercício, a captação de glicose aumenta até entre sete e 20 vezes a captação em repouso, dependendo da intensidade do exercício. O aumento na contribuição percentual de carboidratos durante o exercício intenso é explicado, pelo fato de ser o único nutriente que fornece energia quando o oxigênio fornecido aos músculos é insuficiente em relação às necessidades de O2.

A diminuição de sua disponibilidade em nosso organismo resulta em fadiga e conseqüente queda no desempenho. Veja a seguir como deixar os estoques de carboidrato sempre em ordem, sem que isso pese na sua balança.

Antes da corrida

Na refeição anterior ao treino, o ideal é consumir alimentos ricos em carboidratos com baixo índice glicêmico, ou seja, carboidratos que são absorvidos lentamente pelo organismo. Assim, eles serão liberados aos poucos durante a corrida, evitando-se a hipoglicemia, que é a queda da taxa de glicose no sangue.

Como a falta de carboidratos causa fadiga e queda de desempenho, treinar em jejum é totalmente contra-indicado. Também não se deve comer logo antes de correr. Se essa refeição for um lanche, pode ser feita duas horas antes do exercício; se for um almoço, deve ser feita três a quatro horas antes. Se algum alimento permanece no estômago ao se iniciar o exercício, o atleta pode se sentir nauseado e com um certo desconforto, uma vez que o fluxo sangüíneo será desviado do sistema gastrointestinal para os músculos. Para não correr o risco de sentir fome na hora da corrida, como uma fruta (banana, maçã, mamão ou pêra) 15 minutos antes do treino.

Durante a corrida

A ingestão de carboidratos durante exercícios com mais de uma hora de duração pode melhorar o desempenho porque fornece glicose para os músculos que estão trabalhando. Se não houver reposição, algumas pessoas podem apresentar sintomas de hipoglicemia, com fadiga muscular local e perda de rendimento. Durante a atividade, o consumo ideal é de 25 a 35g de carboidrato a cada 30 minutos.

Para uma hora de corrida, leve com você uma banana, gel de carboidrato (1,5 a 2 unidades), barra de cereal (2 unidades) ou isotônicos (600 a 1000ml) - bebidas energéticas.

Depois da corrida

O processo de recuperação envolve a restauração dos estoques de glicogênio do fígado e dos músculos, além de reposição de líquidos e eletrólitos perdidos através do suor. É importante ingerir carboidratos imediatamente após o exercício para que a reposição do glicogênio muscular seja completa. Consuma alimentos ricos em carboidratos com alto índice glicêmico, porque a absorção é rápida. A quantidade ideal é de cerca de 100g de carboidrato nos primeiros 30 minutos após o exercício. A adição de 5 a 9g de proteína a essa recomendação ajuda na produção do glicogênio muscular.


Outras dicas que você precisa saber sobre a corrida

Se você tem a intenção de começar a correr, ótimo! Se você já corre, melhor ainda! Esta é uma excelente atividade física, desde que seja feita com orientação (para fazer a atividade corretamente, garantindo benefícios com segurança para a sua saúde e eficiência de resultados) preferencialmente de um professor de Educação Física.

Como foi dito, correr melhora o condicionamento cardiorespiratório, fortalece os ossos, músculos, tendões e ligamentos, além de eliminar as gordurinhas que incomodam a maioria das pessoas. Mas há algumas coisas importantes que o corredor deve saber para não se machucar e ter lesões sérias.

Preste atenção nos itens abaixo:

- Faça uma avaliação física antes de iniciar a atividade.

- O programa de treinamento deve ser progressivo (de acordo com o seu nível de condicionamento físico).

- Faça alongamentos antes e depois da corrida.

- Intercale a corrida com outras atividades aeróbias (em dias alternados), para não se fadigar com a corrida.

- Use roupas e calçados apropriados para corrida.

- Tenha sempre o acompanhamento de um profissional de Educação Física, Nutricionista e de um médico que entenda de Medicina Esportiva.

- Marque a freqüência cardíaca para saber o grau de esforço a que está se submetendo. Cada batida do coração bombeia uma quantidade determinada de sangue para a corrente sanguínea visando nutrir e oxigenar os músculos. Com o hábito da corrida, você faz com que o seu coração se desenvolva, fique maior e mais forte do que o coração de uma pessoa sedentária. Assim ele bombeia o sangue com maior eficiência e isso faz com que a sua freqüência cardíaca seja menor para movimentar um mesmo fluxo sanguíneo a cada minuto. Você passará a correr mais para um mesmo número de batimentos cardíacos. Para saber a faixa ideal de batimento cardíaco, o ideal é fazer um teste de esforço máximo, como o teste ergoespirométrico, mas enquanto não faz o teste, você pode fazer a seguinte fórmula: 220 - idade (para homens), e 226 - idade (para mulheres). A partir daí, trabalhe numa faixa de 65% a 75% de intensidade do valor encontrado ao final da equação.

- Você sabe como está a sua pressão? A pressão sanguínea demonstra a resistência apresentada nos capilares, o caminho do sangue e a força com que o coração trabalha para distribuir o sangue. Se você tem um melhor condicionamento físico (fazendo exercícios regularmente) e segue uma alimentação balanceada, a pressão se torna menor. Por isso, o exercício é um ótimo aliado contra a pressão alta. Na verdade, durante o exercício físico a pressão tende a subir, mas o nosso organismo se adapta a situação, permitindo a dilatação ou constrição dos vasos sanguíneos, ajudando a mantê-la estável.

Depois destes fatores, há ainda outros que o corredor precisa conhecer e saber se estão normais. São eles:

Nível de ferro

Se a quantidade de ferro está baixa, poderá surgir a anemia, gerando cansaço e impossibilitando a manutenção do nível de esforço. O médico deve ser informado de que você é corredor, pois os esportistas, podem apresentar uma falsa anemia. Ou seja, o treinamento aumenta o volume total de sangue por um incremento do líquido plasmático. O sangue se dilui e a concentração de hemoglobina fica mais baixa, com níveis próximos a anemia. Apesar disso não há anemia. O número de glóbulos vermelho não mudou. O médico deverá interpretar o seu exame.

Nível de colesterol

Já sabemos que a corrida aumenta o nível de colesterol bom (HDL) e este possui uma enzima que ajuda a romper o colesterol ruim (LDL), evitando doenças cardíacas. Por isso fique por dentro de como anda o seu nível de colesterol.

Gordura corporal

Os valores ideais de porcentagem de gordura para os corredores competitivos são muito baixos (em média de 8% para homens e de 8% a 12% para mulheres). A porcentagem de gordura acima do normal (acima de 20% para homens e de 25% para mulheres) afeta o rendimento no esporte.

A partir destes fatores você vê a importância de ter uma boa orientação para conseguir bons resultados e sem riscos para a sua saúde.


Referências Bibliográficas

BIESEK, Simone et al. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. São Paulo: Manole, 2005.

MCARDLE, William D. et al. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 5.ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2001.

MARINHO, M.J.: Prevenção de lesões Esportivas: um programa profilático de lesões da articulação do joelho. 1998. 107f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade de La Habana, Habana.

FOSS, M.L.; KETEYIAN, S.J. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. 6ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2000.


Site:
http://www.webrun.com.br

Site: www.revistao2.com.br



Por
Raphael Lorete
CREF 9576-G/RJ
Graduado em Educação Física
Pós-Graduado em Musculação e Personal Trainner

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Corrida: Parte 2

QUANTO E COMO DEVEMOS CORRER

O treinamento começa com caminhadas leves a moderadas que irão sofrer aumento no ritmo das passadas com o tempo, até que depois de um tempo cheguem ao trote, daí continua até que o indivíduo consiga correr sem parar durante alguns minutos.

Isso porque a queima de gordura precisa de exercício contínuo e prolongado, num ritmo de leve a moderado, sem grandes oscilações da freqüência cardíaca. A freqüência cardíaca é muito individual. A exaustão de um atleta pode não ser igual à de outro. Com o exame ergométrico, é possível trabalhar na faixa de queima de gordura e evoluir à medida que o corpo ganha condicionamento.

O dispêndio de energia pode ser quantificado de duas maneiras: durante a atividade real ou durante a atividade em esteira no laboratório, se controlado a velocidade e a inclinação da mesma.

Trotar e correr são termos qualitativos que se relacionam à velocidade com que o movimento é realizado. Essa diferença é determinada, em grande parte, pelas necessidades energéticas aeróbias relativas indispensáveis para elevar e abaixar o centro de gravidade do corpo e acelerar e desacelerar os membros durante a corrida. Para velocidades idênticas de corrida, um fundista altamente condicionado, corre com um percentual mais baixo de sua capacidade máxima do que um corredor destreinado, apesar do consumo de O2 poder ser semelhante para ambas às pessoas. Assim, a diferença do que é trote e o que é corrida vai depender do nível de aptidão do participante; o que é um trote para uma pessoa pode ser uma corrida para outra.

Do ponto de vista energético, é mais econômico interromper a caminhada e começar a trotar ou correr a velocidades superiores aproximadamente 8km/h.

De acordo com Mcardle, a relação entre o consumo de oxigênio e velocidade da corrida é linear, o custo calórico total para correr determinada distância é aproximadamente o mesmo, quer o ritmo seja rápido ou lento. Quando corremos a velocidade de 10 milhas/h uma determinada distância, será necessário o dobro de energia por minuto que ao correr a uma velocidade de cinco milhas por hora; entretanto, o indivíduo que optar por correr completará a milha em 6 minutos, enquanto será necessário o dobro do tempo se optar pela velocidade menor. Mas o gasto energético tanto de um quanto o de outro é aproximadamente o mesmo, ou seja, tanto para homens como mulheres, é mais dispendioso percorrer determinada distância correndo do que caminhando. Valendo também para corridas na inclinação, que tem um custo energético ainda maior se comparado a corrida em terreno plano.

Porém existem alguns fatores que podem determinar o custo energético da atividade, aumentando ou diminuindo o gasto calórico da atividade, tanto da caminhada, quanto da corrida, como a velocidade do exercício, por exemplo. A velocidade da corrida pode ser aumentada de três maneiras:

- aumentando o número de passos por minuto;
- Aumentando a distância entre os passos;
- Aumentando tanto o comprimento quanto as passadas.

De acordo com estudos, ao duplicar a velocidade da corrida de 10 para 20 km/h, o comprimento da passada aumenta 85%, enquanto a freqüência da passada aumenta apenas 9%. Aumento de velocidades acima de 23km/h eram obtidos principalmente graças ao aumento na freqüência das passadas. Esse fator explica o porque é mais econômico andar do que correr.


Dicas para quem quer começar a correr

Uma boa postura para correr é muito importante. Corra sempre mantendo seu corpo ereto, cotovelos fletidos em aproximadamente 90 graus ao lado do corpo e mãos relaxadas com palma para baixo.

Balance os braços sempre contrários aos movimentos das pernas a cada passada.

Verifique sua Freqüência Cardíaca (FC) e veja se já está em sua Zona Alvo de Treinamento - alguns corredores usam o freqüêncímetro (Ex: marca Polar) para verificar a FC, mas em caso de não poder adquiri-lo, poderá usar a medição manual que é passível de erros.

Quando verificar que está em sua Zona Alvo de Treinamento (zona entre um limite mínimo e máximo para uma intensidade de treinamento), vá aumentando o tempo de seu treinamento dia após dia, seguindo um planejamento do seu treinamento, até chegar a seu objetivo.

Após o treinamento, faça uma volta à calma caminhando por aproximadamente 5 minutos e em seguida pare e repita os alongamentos do início da corrida.


CUIDADOS NA PRATICA DA CORRIDA

Alguns cuidados devem ser tomados antes de se iniciar a pratica regular da corrida, como fazer uma avaliação médica e funcional, escolher um local seguro e tranqüilo para correr, escolher o melhor horário dentro da rotina diária de cada pessoa para permitir que o organismo se acostume à atividade, assim como, escolher o calçado mais adequado e preparar a musculatura para aguentar os esforços aos quais será submetida durante a corrida, praticando exercícios de fortalecimento e alongamento dos músculos envolvidos na corrida.

A musculação ajuda a prevenir lesão nos corredores ao fortalecer os músculos e aumentar a quantidade de proteína disponível no corpo - afinal, na corrida de resistência, parte da energia gasta vem da quebra de proteínas. Como é um trabalho aeróbio, a primeira fonte de energia utilizada é o carboidrato, e, em seguida, as reservas de gordura. Após essas duas fontes, o organismo busca energia nas proteínas do músculo. Se não for feito o fortalecimento muscular, o corredor de longas distâncias certamente perderá músculos durante os treinamentos e provas.

Menos músculo significa não apenas pior desempenho do atleta, mas também maior risco de lesões. Quando tem perda de massa muscular, o esportista fica com os ligamentos e cartilagens mais fracos, predispondo a entorses e à ruptura de ligamentos. Com o fortalecimento muscular correto, o corredor ganha uma reserva suplementar de energia, pois terá mais músculos para 'queimar' durante a atividade.

O treinamento de musculação para o corredor é composto por exercícios multiarticulares, que garantem um aumento de resistência, força e potência muscular, e melhoraram o equilíbrio e a propriocepção do atleta. Além de exercitar os músculos dos membros inferiores, o corredor deve fortalecer a musculatura da região lombar e abdominal que são responsáveis pelo equilíbrio e pela postura. Não esquecendo também dos membros superiores, fundamentais para a biomecânica correta do movimento de corrida.

É importante também dar ênfase ao trabalho de alongamento.

Para quem tem mais de 50 anos, o trabalho com sobrecarga também é fundamental. De acordo com a literatura, um indivíduo sedentário perde, até essa idade, aproximadamente 10% de sua massa muscular. O que provoca a diminuição da massa muscular não é só a idade, mas também o sedentarismo. A musculação ajuda a combater essa perda.

Alguns cuidados básicos

Antes de cada sessão de treinamento, realize um aquecimento (trote) e um alongamento rápido, e ao final faça uma outra sessão de alongamento.

Não faça os treinos fortes por muitos dias seguidos. Guarde ao menos um dia de intervalo entre as sessões semanais.

Se for participar de alguma competição, diminua a intensidade do treinamento com sobrecarga pelo menos uma semana antes. Não faça sobrecarga na semana anterior à prova.


PREVENINDO AS LESÕES

Ouça seu corpo. Terá dias em que seu corpo não estará pronto para se exercitar. Se forçá-lo pode causar lesões ao longo da corrida. Caso não se sinta bem não force a barra, pode ser que seja hora de voltar para casa.

Correr sem conhecimento e sem tomar os devidos cuidados pode trazer riscos à saúde e até lesões físicas.

Muitos corredores acham que o maior número de lesões ocorre durante um treinamento de velocidade, porém a maioria das lesões ocorrem por: excesso de volume de treinamento (muitos quilômetros percorridos), ter antecedentes de lesões e falta de descanso (overtraining).

Entre as lesões, citamos as mais comuns:

- Lesões por sobrecarga – Estas lesões são as mais freqüentes entre os corredores. Elas podem ocorrer por falta de alongamento, calçado inadequado, treino excessivo, falta de descanso, posturas erradas e repetitivas. As mais comuns são:

1) Tendinites no Tendão Calcâneo. São causadas por excesso de esforço, por contato do tendão com o tênis e por muitos estiramentos no tendão. Podemos evitar este tipo de tendinite, alongando corretamente e usando calçados adequados, que absorvam o impacto da corrida, apresentado bom amortecimento, que tenha boa estabilidade e bom acabamento, evitando o atrito contra o tendão. Esta lesão deixa o tendão inflamado, degenerado e com micro ruptura. Diante de qualquer dor, procure um médico e só recomece os exercícios com acompanhamento de um professor e de um fisioterapeuta. Se for constatada a tendinite, o ideal é deixar de correr por uns dias, assim que desaparecer a dor, substitua a corrida por outro exercício aeróbio (sem impacto no tendão) como a natação ou a bicicleta e alongamentos, por uns dias. Provavelmente o médico irá receitar compressas de gelo e antiinflamatório.

2) Osteotite do Púbis. É uma inflamação que ocorre quando, através do movimento oscilante da corrida, há uma modificação na inclinação dos ossos da pelve, provocando uma ligeira separação da articulação do Púbis, com inflamação e enrijecimento da cartilagem. Podem ocorrer dores terríveis. Geralmente, os corredores com passada muito ampla são os mais propensos a esta lesão. A recuperação é lenta e demorada. Deve-se fazer muito alongamento, principalmente do quadríceps, abdome e adutores, mas sempre com cuidado. O ideal é procurar um especialista. As compressas de gelo e calor são recomendadas, mas apenas com a autorização do médico.

3) Fraturas por Stress. Acontecem por causa de esgotamento muscular excessivo e falta de absorção de impactos acumulativos. Usar um calçado adequado, ou seja, com bom amortecimento e o descanso apropriado podem evitar este tipo de lesão. As fraturas de stress são fissuras microscópicas dos ossos, causadas por uma soma de quantidade de stress que não foi curada. Diagnosticada a fratura, você terá que parar de correr por algumas semanas, substituindo a corrida por outra atividade aeróbia como a natação ou o ciclismo e quando voltar a correr, iniciar em terreno macio ou grama.

4) Joelho de Corredor. É causada por má postura ao correr ou descompensação muscular. Também conhecida como Condromalacia Patelar, é muito freqüente em corredores iniciantes e em atletas. A dor é acentuada quando se desce escadas ou corre em terrenos com declive. A genética pode influenciar. (por exemplo: corredores com quadril mais largo, fazendo com que o fêmur vire para dentro). Pode-se evitar esta lesão fazendo musculação, fortalecendo os músculos, ossos, tendões, ligamentos, usando palmilhas e tênis estáveis.

5) Periostite Tibial. São mais freqüentes em atletas que correm em terrenos duros e acidentados, utilizando calçados duros. É causada por uma excessiva vibração do Periósteo que cobre a Tíbia, ocorrendo uma inflamação do mesmo. Isto causa muita dor. Evite sapatilhas com solado duro. Use calçado estável e com bom amortecimento. Se esta lesão ocorrer, não corra antes de sarar completamente. Você poderá usar compressas de gelo ou quentes, mas somente com a indicação de um médico ou fisioterapeuta.

- Entorses do tornozelo

Existem dois tipos de entorses:

- Torção para dentro (inversão), que é a mais comum, afetando os ligamentos laterais externos do tornozelo;

- Torção para fora (eversão), que ocorre girando o joelho e soltando os ligamentos internos. Não ocorre com freqüência.

Existem três graus de entorses:

- Estiramento excessivo, mas sem afetar os ligamentos (grau I);
- Ruptura parcial dos ligamentos (grau II);
- Ruptura total dos ligamentos (grau III), sendo necessário fazer cirurgia.

É sempre indicado após uma torção, fazer compressas de gelo para evitar edema e diminuir a inflamação. No caso desta lesão deve-se ficar sem correr até fazer uma consulta a um médico, para que ele analise o caso.

Outro mecanismo responsável por lesões é o chamado overtraining, ou síndrome do supertreinamento, assim como outros males que afetam nosso corpo, pode fazer um belo estrago até ser tratado.

“Virar o fio”, é assim que costumamos chamar o overtraining, ou seja, o esportista vem numa curva crescente de desempenho e de repente ela cai. Essa virada pode ser conseqüência de treinamento excessivo, descanso inadequado, acúmulo de competições e excesso de cobrança.

Não é à toa que as principais vítimas do overtraining são os atletas muito motivados, seguidores da filosofia “no pain, no gain” (sem dor, sem ganho).
Esses atletas esquecem que os treinos duros deixam o corpo mais fraco - o que faz ele mais forte é o descanso. Ao treinarmos, submetemos nosso corpo a uma sobrecarga que gera uma adaptação, que nada mais é do que o ganho em condicionamento. O sono e a alimentação restauram os estoques de energia e de nutrientes, criando o ambiente ideal para que a adaptação ocorra. Se o corpo recebe uma nova sobrecarga antes de ter conseguido se recuperar, começa o desequilíbrio que pode levar ao overtraining. Aí, por mais que se treine, não se consegue nenhum resultado.

No overtraining o corpo perde a capacidade de se recuperar das sobrecargas sucessivas e entra em pane - uma pane suave, silenciosa e perigosa. Daí a lista enorme de sintomas imunológicos, neurológicos, emocionais e até musculares. O diagnóstico é difícil porque os sintomas se parecem com as conseqüências naturais de um treino forte. A diferença é que no overtraining esses sintomas tornam-se crônicos. Se você sentir depressão, fadiga prolongada e estabilização ou declínio da performance, e for descartada a possibilidade de outra doença, é aconselhável procurar um especialista em medicina do esporte.

Segundo especialistas, esse quadro de depressão é um mecanismo de defesa do atleta. Treinar exaustivamente sem se recuperar pode levar a um problema sério de saúde, até mesmo à morte súbita. A depressão obriga o atleta a parar.

O overtraining costuma ser mais comum nos atletas que treinam para provas de longa duração, mas pode ocorrer com todos os tipos de esportistas, inclusive naqueles que treinam em academias e parques. Isso foi constatado no estudo coordenado pelo Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício (CEFE), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Durante meses, pesquisaram os sintomas de overtraining em usuários de academias. O treino em grupos pode colocar indivíduos com aptidões físicas e sensibilidades ao treinamento diferentes sob o mesmo ritmo de trabalho físico.

O cansaço, a perda de peso e outros sintomas externos são apenas reflexos do desequilíbrio interno. O overtraining mexe com os hormônios. A testosterona, que influencia positivamente no desempenho diminui. O cortisol, que é o hormônio do estresse, aumenta. A redução dos níveis de testosterona retarda a recuperação. O cortisol elevado aumenta a queima de proteína e leva à perda de massa muscular. Os níveis de endorfina também podem diminuir, o que explica a sensação de fadiga e a falta de concentração apresentada por indivíduos com overtraining. Como se não bastasse, a síndrome de supertreinamento pode causar a redução do número de células vermelhas (diretamente ligadas ao desempenho aeróbio) e do aminoácido glutamina (um dos responsáveis pela manutenção da resistência imunológica). E pode vir também à perda da libido.